Avançar para o conteúdo principal

História da Europa - Idade Moderna - Resumo

Passada a Pré-História, começa a História.


A História divide-se em 4 Períodos Históricos:

  • Idade Antiga (século 8 A.C. a séc. 5 D.C.)
  • Idade Média (séc. 5 a séc. 15)
  • Idade Moderna ( séc. 15 a séc. 18)
  • Idade Contemporânea (séc. 18 a séc. 21)


Principais Acontecimentos da Era Moderna:

  • Queda do Império Romano do Oriente
  • Expansão Maritima
  • Renascimento
  • Reforma Protestante
  • Contra-Reforma
  • Inquisição
  • Guerra dos Trinta Anos
  • Absolutismo Monárquico
  • Ascensão da Burguesia
  • Revolução Inglesa
  • Iluminismo
  • Guerra dos 7 anos
  • Revolução Francesa



A Idade Moderna na Europa


A Queda do Império Romano do Oriente

A Idade Moderna começa, no séc 15, com a tomada de Constantinopla(1) pelos Otomanos (2) e a morte do seu último imperador romano Constantino XI, em 1453. A Grécia e toda a Península Balcânica(3) ficam sob domínio Otomano.

Os romanos dominaram o Império do Oriente durante mil anos (Egípto, Sudão, Líbia, Tunísia, Algeria, Marrocos, Turquia, Azerbeijão, Síria, Jordânia, Geórgia, Arménia, Iraque, Kuwait, Chipre, Palestina e Arábia Saúdita).

Com o colapso do Império Binzantino, chega ao fim o último império medieval e a Europa deixa de ter acesso à rota comércial da Índia, pelo Mar Negro. 


Expansão Marítima - A Descoberta do Novo Mundo

A Expansão marítima foi a busca de novas rotas maritimas  de comércio e a descoberta e conquista de novos territórios.

Portugal desenvolve a ciência naútica, cartografia(4) e astronomia(5) e os navegadores portugueses aventuram-se aos marés desconhecidos, com o objectivo de encontrar um novo caminho para a Índia e acabar com o monopólio árabe desse comércio.

Começam a explorar a costa de África e os arquipélagos do Atlântico. E Assim, começam os Descobrimentos, que mudariam o mundo.

  • Em 1434, o português Gil Eanes foi o primeiro navegador a conseguir passar o perigoso Cabo Bojador, perto de Marrocos. 
  • Em, 1488, o navegador português Bartolomeu Dias logra, pela primeira vez, passar o temido cabo da Boa Esperança, na África do Sul.
  • O navegador Cristóvão Colombo (cuja origem foi ocultada pela coroa espanhola. Pensa-se que português  por falar e escrever em português), chega, em 1492, à América do sul, a serviço  da  Coroa de Castela (actual Espanha).
  • Em 1494, Portugal e a Coroa de Castela assinam o Tratado de Tordesilhas, em que acordam dividir o mundo entre si, não incluíndo a Europa.
  • O navegador português Vasco da Gama descobre o caminho maritimo para a India, em 1497.
  • Em 1500, o navegador português  Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil, na América do sul.
  • O navegador português Fernão Magalhães faz a primeira circo navegação à volta da terra, ao serviço da Coroa de Castela, em 1519.
A Coroa de Castela (actual Espanha) começa a fazer  o mesmo. Depois seguem-se a França, Inglaterra, Holanda, outros. Estes vão à descoberta de novos territórios, mas, também, para se apoderarem dos novos territórios e postos de comércio de Portugal e da Coroa de Castela. 

Com a exploração das colónias começa o comércio e transporte em massa de escravos africanos para as Américas.

Quase todas as nações do mundo foram colonizadas pelos Europeus. Considerando que são 152 países, sem contar os Europeus. 
Os poucos que não foram colonizados(6) pelos Europeus, foram colonizados ou ocupados por outros países, em alguma altura da História.

Os países colonizadores prosperáram com a exploração das novas terras, de recursos naturais e minerais e a mão-de-obra barata ou escrava.

Durante a colonização das Américas e de África milhares de povos indígenas morreram.

O comércio maritimo desenvolveu as economias europeias e as novas rotas comerciais contribuíram para a mundialização do comércio.


O Renascimento


A Criação de Adão - Pintura de Michelangelo, no tecto da capela Sistina,  no Vaticano, Roma, Itália


O Renascimento teve inicio na próspera Itália, nos finais da Idade Média, quando estudiosos começaram a interessar-se pela literatura e cultura da Antiguidade greco-romana(7). 

Recuperam manuscritos e livros e traduzem-nos. Introduzindo, assim,  essa sabedoria e conhecimentos à sociedade medieval. Despertando a creatividade e o intelecto de artistas plásticos e pensadores.

Nesta mesma altura, surge, na Itália, outro movimento, igualmente,  importante - O Humanismo.

Intelectuais inspiram-se na filosofia e cultura da Antiguidade greco-romana, que tinha uma abordagem mais racional e científica ao estudo da religião (teologia).

Lançando, desta forma, as bases para o pensamento cientifico, livre das limitações religiosas. 

Os humanistas colocam o homem no centro do universo, em vez de Deus e acreditam na importância da educação, do conhecimento da cultura  e da liberdade individual para o desenvolvimento humano.

O Renascimento e o Humanismo espalham-se pela Europa, impulsionando grandes mudanças na sociedade europeia.

Esta redescoberta dos conhecimentos, valores, conceitos artisticos e das ideias de autores gregos e romanos antigos, faz  renascer o mundo clássico e vai moldando as mentalidades medievais para  mentalidades modernistas.

Estes movimentos estimulam o desenvolvimento da ciência, das artes, da filosofia. Mas, também, grandes mudanças políticas, religiosas e sociais.


A Ciência teve grandes avanços em áreas como a Astronomia, Matemática, Anatomia, Biologia e Física. 

O austronomo italiano Galileo Galilei e o matemático polaco  Nicolaus Copernicus fizeram importantes descobertas. Copérnico formula a teoria  heliocêntrica do sistema solar(8) e Galileo com a sua descobertas, por telescópio, das luas de Jupiter e os anéis de Saturno, suporta o modelo heliocêntrico.


Nas Artes, destacam-se grandes os artistas do renascimento italiano, cujas obras, na literatura, escultura, pintura, música e arquitectura, são consideradas mundialmente obra-primas, como. A Familia Medici foram grandes patrocinadores dos artistas, na Itália.

Pintura e Escultura:
  • Leonardo da Vinci  - A Mona Lisa, A Última Ceia 
  • Michelangelo - David, Piéta, a Capela Sistina
  • Sandro Botticelli - O Nascimento de Vénus 
  • Donatello - David
  • Rafael - A Escola de Atenas, a Madonna
  • Andrea del Verrocchio - A Virgem e Filho com dois Anjos
  • Masaccio - A Trindade, A expulsão de Adão e Eva

Literatura: 
  • Dante Alighieri - A Divina Comédia
  • Petrarca - Canzoniere, De Vita Solitaria
  • Giovanni Boccaccio - Decameron, Il Filostrato

Arquitectura:
 
  • Donato Bramante - Basílica de São Pedro, Tempietto San Pietro
  • Filippo Brunelleschi - Cúpula da catedral de Stª Maria del Fiore, Palácio Pitti
  • Leon Battista Alberti - Santa Maria Novella, Piazza Pio II
  • Andrea Palladio - Villa Rotonda 
  • Michelozzo - Palácio Medici Riccardi

Música:
  • Giovanni Palestrina
  • Claudio Monteverdi

A influência na Política aconteceu com o aparecimento de monarquias e a queda do feudalismo. 

A Religião é muito afectada com o surgimento do protestantismo, liderado por Martin Luther,  incentivado por estas novas ideias.

As mais importantes transformações Sociais, promovidas por estes ideiais, foram a valorização da educação e do conhecimento e a busca por uma sociedade mais justa e igualitária. 

A invenção da máquina de impressão de Gutenberg, foi fundamental para difundir estas ideias e conhecimentos humanistas e renacentistas pela Europa e cimentar o Renascimento.



Reforma Protestante 

Na Idade Média, a Igreja era a única autoridade incontestável, na área da religião e o Papa tinha uma grande influência  social, económica e política. 

No início do séc. 16, o teólogo(9) e padre alemão Martin Luther, que acreditava, veemente, que a salvação espiritual das pessoas dependia da sua fé, revolta-se com a corrupção do clero e publica as "95 Teses". Onde questiona o quanto as práticas da Igreja e do Papa estariam em conformidade com as escrituras da Bíblia.

Focando-se na compra do perdão espiritual dos pecados (venda de indulgências - venda de lugar no Paraíso). Defendendo que Jesus pregou a necessidade do arrenpedimento para a absolvição dos pecados. E que a venda de indulgências evita que isso aconteça. Além disso, se Deus envia as almas para o Purgatório(10), o Papa não tem autoridade para as tirar de lá. E se tivesse, não devia cobrar por isso. 

Faz referência, também, à riqueza do Papa e questiona porquê que a Basílica de São Pedro não é construida com a sua fortuna, em vez de ser pela venda de indulgências.

As Teses de Lutero dão origem a movimentos de contestação e revolta contra a Igreja, primeiro na Alemanha e depois por toda a Europa, que dividiriam os europeus entre Católicos e Protestantes. 

Uns seguindo as ideias de Lutero (Luterismo), e outros apoiando novos movimentos protestantes, como: o Calvinismo(11), Anglicanismo(12), entre outros.

Isto desencadearia uma série de guerras religosas, entre católicos e protestantes, que devastaria a Europa.

  • No Sacro Império Romano-Germânico (13) -  a Revolta dos Cavaleiros, a Guerra dos Camponeses Alemães, a Guerra de Esmalcalda e a Guerra dos 30 anos.
  • Na Suécia - as três Rebeliões Dalecarlianas. 
  • Na União de Kalmar (Dinamarca e Noruega) - a Guerra dos Dois Reis e a Guerra dos Condes. 
  • Na Inglaterra, a dinastia Tudor e os seus aliados protestantes conquistaram a população católica da Irlanda.

As revoltas religiosas contribuiriam para o fortalecimento dos reis. A Igreja passaria a ser submetida ao poder dos reis cristãos. E, em alguns reinos, como a Inglaterra e Suécia, o rei passaria a tomar o lugar do Papa, de  chefe da Igreja.

Só a Igreja Católica estáva autorizada a interpretar a Bíblia. A Bíblia só exisitia em latim(14), as missas eram em latim, assim como as orações. E como a  maior parte da população europeia não sabia latim, a Igreja tinha um grande controlo sobre a sociedade, sendo o intermediário e interpretando à sua maneira.

Sendo que o Protestanismo é baseado somente nas escrituras da Biblia, Lutero, que, entretanto, teve que se esconder da Igreja,  decide traduzir a Biblia para  o alemão, da Saxónia. 

E mais uma vez, graças à recente invenção da máquina de impressão, a população consegue adquiri-la e ler a Biblia pela primeira vez.

Noutros reinos seguiram o exemplo e traduziram a Biblia para as suas línguas. 


A Reforma Protestante foi um acontecimento marcante que abalou o Cristianismo na Europa e contribuiu para enfraquecer o poder da Igreja e promover reformas na Igreja.


Contra-Reforma ou Reforma Católica

Para acalmar a agitação social causada pela Reforma Protestante, a Igreja faz uma restruturação, que teve inicio com o Concílio de Trento(15), em 1545 (séc.16), onde reafirma a sua autoridade, mas toma medidas para controlar a moralidade e abusos do clero. 

Destacando-se as seguintes:

  • Foi proibida/evitada a venda de Indulgências;
  • Foram criados  seminários para a formação do clero para padres;
  • os párocos foram obrigados a morar em suas paróquias  e os bispos nas suas dioceses e a pregar o catolocismo;
  • Foi fundada a Companhia de Jesus dedicada ao cuidados dos pobres e enfermos e ao ensino e expansão da fé. Que era, também, uma forma de combater o protestanismo;
  • Proibiu-se a venda de cargos religiosos;
  • Para conter o Protestanismo e outros movimentos que pudessem acontecer, começa a censurar de livros que divulgassem conhecimentos e ideias que pudessem desafiar os dogmas(16) da Igreja.  Foram proibidas as obras de Galileo, Copérnico, Giordano Bruno, David Hume, entre outros;
  • Restabelecimento da Inquisição Romana.
Estas últimas duas medidas asfixariam o Renascimento humanista. Silenciando os pensadores que, agora, temiam serem considerados hereges, pela Inquisição, e condenados à fogueira. 


Absolutismo Monárquico

O sistema feudalista já estáva muito fragilizado. Com a fortificação do poder político do rei,  o poder feudalista dos nobres chega ao fim. A nobreza continuam a ter as suas terras (feudo), a exercer poder sobre os seus servos e camponeses (feudalismo), mas o rei passa a ter o poder absoluto sobre todos.

Após a reforma religiosa, o poder papal e da Igreja Católica enfraquece. O poder do rei consodalida-se. O absolutismo monárquico estabelece-se na Europa e vigora até ao séc. 19.

O monarca passa a ter autoridade e poderes absolutos sem limitações, não estando sujeito às leis. A governação centra-se totalmente no rei: leis, impostos, a segurança do reino, moeda única, idioma único para toda a nação, outros. O rei nomeia um conselho de ministros a quem delega tarefas. Nasce a burocracia.

Toda a riqueza e o aumento de impostos, que houve nessa altura, eram para sustentar os gastos exorbitantes do rei e da corte. Enquanto, as classes mais desprivilegiadas viviam com muita dificuldade.

A economia deste regime autoritário era baseada no mercantilismo, que visava a acumulação de riqueza (metais preciosos), como estratégia de aumento de poder.
Favorecendo a exportação e reduzindo a importação. Era promovida a produção interna de bens manufacturados, de forma a evitar comprar (importação), mantendo, assim a riqueza no reino. E vendendo (exportando) o máximo possível para acumular mais riqueza. Evitando, também, a dependência de outros reinos. A principal fonte de matérias-primas provinham das colónias e das novas rotas comérciais.


O modelo de absolutismo mais evidente, na Europa, é o do reinado de Louis XIV da França. 
O Rei Sol, como era conhecido, ostentava uma vida de luxo no Palácio de Versalhes, que foi construido no seu reinado.
Promoveu o desenvolvimento cultural e militar da França. Afirmava que o seu poder vinha de Deus e que ele era o Estado. Governou durante 72 anos, de 1643 a 1715. 

Foi neste reinado que aconteceu uma das Grande Fomes da França. Estima-se que, entre 1692 e 1694, morreram 2 milhões de pessoas.


A Organização Social durante o Absolutismo Monárquico

A sociedade moderna organizava-se por ordens sociais ou estados.

O Clero - Primeiro Estado - Era o único que acedia à uma ordem sem ser por nascimento. Tinha grande influência na sociedade, devido ao poder que tinha sobre cada individuo, através da obediência à religião. E, por isso, era um preciso conselheiro do rei.

O clero era divido em Clero Secular e Regular. O Secular vivia junta da população e desempenhava actividades religiosas, como: baptismo, casamentos, missas, etc.
O Regular vivia em mosteiros e conventos e seguiam determinada ordem religiosa. 

Alguns dos seus privilégios eram a isenção de impostos, o direito à cobrança do dizimo e altos cargos politicos.

A Nobreza - Segundo Estado - Recebiam os seus titulos pelo nascimento, que herdavam das suas antigas familias nobres. Desempenhava funções militares e altos cargos politicos. A sua riqueza, poder e prestigio dava-lhe um certo estatuto social e beneficios, como a isenção de impostos ao rei.

A nobreza dividia-se em 2 grupos a nobreza de espada, aquela que recebeu o título por nascimento ou por algum mérito alcançado e a nobreza de toga, aquela que comprou titulos nobres (a alta burguesia).
Os títulos da nobreza permitiam distinguir a alta nobreza da baixa nobreza.
  1. Arquiduque e Arquiduquesa
  2. Grão-Duque e Grão-Duquesa
  3. Duque e Duquesa
  4. Marquês e Marquesa
  5. Conde e Condessa
  6. Visconde e Viscondessa
  7. Barão e Baronesa
  8. Cavaleiro e Dama
  9. Escudeiro e Escudeira


Plebe/Povo - O Terceiro Estado - era a ordem não priviligiada, composta pela maior parte da população, que arcava com todos os impostos. A ordem que sustentava a nação e que era controlada pelo Governo e religiosamente pela Igreja.

Englobava  vários grupos: a alta rica burguesia(os grandes mercadores); a média burguesia(médicos, advogados, notários, etc de profissões liberais); a baixa burgesia(pequenos comerciantes, proprietários de pequenas terras); operários (trabalhadores da burguesia), os camponeses assalariados; artesãos; servos; outros.


O centro da vida política do reino encontrava-se na corte do Rei. Era na corte que se juntavam as mais altas figuras do reino e reuniam os órgãos de aconselhamento do rei.

  1. Rei e Rainha
  2. Príncepe e Princesa
  3. Infante e Infanta



A Ascensão da Burguesia

A burguesia tem origem na plebe, na Idade Média, mas agarrou a oportunidade quando o comércio começou a ser dinamizado pelas Cruzadas e a fazer renascer as cidades.

Estes comerciantes começam a acumular riqueza, via lucro. Tornando-se independentes do sistema feudal e mais ricos que os senhores feudais. Surgindo, assim,  uma nova classe social, na Baixa Idade Média -  a Burguesia.


Já na Idade Moderna, a expansão marítima permitiu à burguesia, o acesso a novas rotas comerciais e recursos baratos.

As politicas mercantilistas do absolutismo favoreceram a burguesia. Que passa a deter o monopólio comercial na compra e venda de produtos ao mercado europeu e para a população das colónias. Impulsionando o desenvolvimento do comércio europeu e internacional. 

Inicia-se o capitalismo mercantil ou comercial.


Os burgueses mercantilistas cada vez mais ricos, apoiam financeiramente o rei e em troca recebem a ajuda para facilitar as suas actividades comerciais, como moeda única e língua única para todo o reino, entre outras.

A burguesia continua a enriquecer e a utilizar esse capital para investir no desenvolvimento tecnológico para aumentar a sua produção e acumular mais riqueza.

A alta burguesia é, agora, a proprietária dos meios de produção.

O seu contínuo investimento em tecnologia e maquinaria desplotará a Revolução industrial, na próxima época - a Idade Contemporânea.

Muita da alta burguesia desejava, o prestigio da nobreza e integrar o circulo da alta sociedade, da elite. Mas a fortuna, só por si, não lhe dáva estatuto social. Por isso, começam a copiar o estilo de vida luxuoso da nobreza, as suas roupas, jóias, palácios, decoração, o interesse pela leitura e artes, serões na opera, banquetes, bailes e a comprar titulos da nobreza, Passando a ser a nobreza de toga. 


Apesar de ser a classe social económicamente dominante, não tinha acesso ao poder politico. A burguesia exigia o reconhecimento e direitos políticos, pois era ela que sustentava o Estado. 
Além disso, estáva obrigada a pagar esses impostos altos que  dificultavam o desenvolvimento comércial, enquanto que a nobreza e o clero eram isentos.

Assim, para conseguir o poder politico e defender os seus interesses económicos, volta-se contra o rei e o absolutismo, apoiando os iluministas. Pois, os ideais iluministas iam de encontro aos  seus interesses.

Os burgueses patrocinam artistas e intelectuais como forma de divulgar  ideias liberais e financiam guerras e revoluções.

Com a queda das monarquias absolutistas, a burguesia consegue, finalmente, o poder politico, no parlamento  e desenvolve medidas que vão favorecer o  comércio e o capitalismo.

Ideológicamente, os burgueses estão, agora, inspirados em princípios iluministas, que defendem que o poder político vem do povo e a igualdade perante a lei, mas, por outro lado, exploram os seus trabalhadores e promovem a desigualdade social, até aos dias de hoje.



Inquisição

Em resposta à reforma protestante, a Inquisição cresce e intensifica a sua actividade. Começando a perseguir os protestantes e a condena-los à fogueira. 

Enquanto, na maior parte da Europa os principais alvos da inquisição são os protestantes, na Península Ibérica são os  mouros.

A inquisição ou Tribunal da Santa Fé era um tribunal religioso fundado, em 1231 (séc 13), na Idade Média, pelo Papa Gregório IX, para punir os hereges.

A Inquisição era composta por inquisidores, que eram estudiosos religiosos. 

Os inquisidores ou juizes do Santo Oficio tinham poderes quase ilimitados. Podiam prender, torturar, julgar e castigar. Só não podiam condenar à morte, essa parte cabia às autoridades civis. Quando a Inquisição entregava um acusado às autoridades civis, já se sabia que era para ser executado.

Os inquisidores dispunham de uma rede de informadores a quem atribuíam recompensas e privilégios, como a isenção de pagar impostos, por exemplo.

Todas as denúncias eram aceites, uma carta anónima ou um boato constituíam factos suficientes para iniciar um processo  secreto. As denúncias eram consideradas um dever superior da população.

Nestes tribunais religiosos, os acusados eram julgados por crimes de:

Heresia - Não seguir a fé católica ou ter uma posição diferente da Igreja. Quem questionasse os dogmas(16) e a autoridade da Igreja Católica. 

Apostasia - Abandonar a religião. 

Blasfémia - Ofendar e difamar o nome de Deus, Jesus, a Virgem Maria e santos.

Bruxaria - Práticas de invocação de poderes sobrenaturais para controlar pessoas ou eventos.

Poligamia - Casar com mais do que uma pessoa.

Bigamia - Casar com outra pessoa, apesar de já ser casado.

Sodomia - Homosexualidade e Bestialidade(sexo com animais).

Adultério - Ter relações sexuais com outra pessoa que não o conjugue.

Fornicação - Ter relações sexuais sem ser casado.


Procedimentos da Inquisição

Regra geral, sempre que a Inquisição recebia uma denúncia, os inquisidores faziam uma visita à localidade, onde reuniam a população e faziam o convite ao pecador para voluntariamente se confessar, dentro de um determinado prazo (período de graça). Se o fizesse, supostamente, receberia uma penitência mais leve.

A Inquisição aproveitava, também, para convidar a população a denúnciar mais hereges. 

Passado o prazo, o acusado era levado para uma prisão da Inquisição, sem saber quais eram as acusações.

O réu era interrogado"presssionadoa confessar os crimes que lhe eram atribuídos. Sem saber do que era acusado, nem quais as provas contra ele, nem quem eram as testemunhas de acusação.

Os crimes tinham de ser confessados e, para isso os Inquisidores  interrogavam os acusados, através de torturas violentas e cruéis até sucumbirem ou confessarem. Quase sempre confessavam.

Depois o acusado era detido, enquanto aguardava julgamento. O que podia durar semanas, meses ou até anos.

O julgamento eram uma série de audiências secretas, onde os inquisidores de acusação e de defesa interrogavam o réu, frente a um notário.  

Por fim,  o prisioneiro era informado das acusações e era-lhe dada uma versão editada do processo, omitindo quem eram as testemunhas.

Depois do julgamento ser concluído, o réu voltaria, novamente, para a prisão, enquanto aguardava saber a  sentença.

Se fosse entregue às autoridades civis, já sabia que lhe esperava a pena de morte.

As sentenças eram proclamadas e executadas em sessões públicas, como se fossem espectáculos, chamados de autos de féMuitos contavam com a presença do rei e da família real. 

Os réus podiam ser condenados as seguintes penitências:

  • Chicotadas, 
  • Remar para as galés (17) até à morte, 
  • Exilio(18), 
  • Prisão perpétua, 
  • Morte na fogueira,
  • entre outras.


Inquisições Espanhola e Portuguesa 

Terrminada a Reconquista, os reinos cristãos de Espanha  deparam-se com populações mouras (estrangeiros de várias origens e religiões (principalmemte muçulmana e judia). Algo que não aconteceu no resto da Europa.

A Inquisição espanhola obriga-os a convertir-se ao cristianismo. Tornando-os nos cristãos - novos. Inclusive mudança de nomes, de vestuário, de hábitos alimentares, etc.  Mas mesmo convertidos, muitos continuam a praticar as suas religiões secretamente. O que representava uma ameaça para a vida religiosa e cultural da Espanha Católica. 

Após várias  denúncias, o Inquisidor Geral Tomás de Torquemada investiga-os. Mais de 13 mil são julgados.

Entre 1492 e 1614 milhares de novos-cristãos deixam Espanha ou são expulsos.

Muitos fogem para Portugal, onde, ainda, não havia Inquisição. No entanto, em 1536 (séc.16) é instaurada a Inquisição portuguesa, que segue o exemplo da  espanhola.

Apesar do foco das Inquisições Ibéricas serem os novos-cristãos, estavam sempre muito atentas a heresias entre os cristãos-velhos e a alguma movimentação protestante.

As práticas inquisatoriais extenderam-se, também, às respectivas colónias.

A Inquisição Espanhola foi estabelecida,  em 1478 (séc. 15) e vigorou por 356 anos, até 1834. 

A Portuguesa esteve 285 anos em actividade, e foi abolida em 1821 (séc.19).


A Inquisição era uma forma da Igreja manter o seu domínio sobre a Europa. Evitando que novas ideias, relgiões ou criticas à Igreja se divulgassem. 

Os reis usavam a Inquisição para se desfazerem de inimigos. 


Guerra dos Trinta Anos 

Foi uma das guerras mais sangrentas, que envolveu vários reinos da Europa. Estima-se que houveram entre 4 a 8 milhões de mortes.

Começou por ser um conflito entre católicos e protestantes causado por uma revolta protestante na Boémia e evoluiu para uma guerra entre o reino da França e o reino de Habsburgo da Aústria, pelo dominío do Império Sacro Romano Germânico (13).


Reinos Europeus - Imagem Pintrest


Império Sacro Romano e Germânico - Imagem Pinterest


1618 a 1625 - Guerra entre Palatino e a Boémia - Os protestantes exigiam ao rei da Boémia (actual República Checa) liberdade religiosa. Os nobres boémios protestantes  revoltam-se contra o rei e anúnciam que Frederico V do Palatino(na actual Alemanha) era o novo rei de Boémia. Começa a guerra. Os católicos boémios vencem os protestantes boémios e avançam, apoiados pela Espanha e Baviera, contra Palatino. Saiem novamente vitoriosos e expulsam o rei protestante de Palatino. Habsburgo passa a reinar a Boémia.

1625 a 1629 - Guerra entre Dinamarca e Habsburgo A França  receosa do poder de Habsburgo que reinava a Espanha e o Império Sacro(Europa central), financia reinos protestantes. o rei da Dinamarca e Noruega decide entrar na guerra para defender os protestantes e acabar com o dominio de Habsburgo nas suas cidades fronteiriças. Mas é derrotado.

1630 a 1632 - Guerra entre Suécia e Habsburgo - Também financiado pela França, o reino da Suécia resolver entrar no conflito, em auxilio dos protestantes. Mas são vencidos e o rei sueco é morto em batalha.

1635 a 1648 - Guerra entre a França e Habsburgo -A França  decide, finalmente, intervir na guerra. Apesar do reino francês ser católico , envia as suas tropas em ajuda dos protestantes. Com o objectivo de derrotar o reino Habsburgo , ganhar poder e conquistar novos territórios. A França, apoiada pelos Países Baixos, Suécia e protestantes germânicos, vence várias batalhas vence várias batalhas e o rei Fernando III rende-se. 

Após várias negociações assinam a Paz de Vestfália. O protestanismo é reconhecido como religião. A França obteve de Espanha os Pirinéus e do Império Sacro Lorena e Alsácia. Por sua vez, a Suécia fica com Pomerania do Império Sacro. Os espanhois são obrigados a dar independência aos Países Baixos, a Suiça tambem recebe independencia.

O Império Sacro (Alemanha) fica desvastado, com a população drásticamente reduzida, cidades, vilas e colheitas destruida e o poder dos seus governadores abalado.


A Revolução Inglesa - séc.17

Pode ser dividida em 3 fases:

  • Guerra Civil Inglesa 
  • Revolução Puritana 
  • Revolução Gloriosa 

A Revolução Inglesa, impulsionada e financiada pela burguesia,  iniciou-se em 1642, com a sangrenta Guerra Civil Inglesa, desencadeada por conflitos entre o rei Charles I da dinastia  Stuart e o Parlamento, sobre questões de autoridade e direitos civis. 200 mil mortes de militares e civis.


Revolução Puritana 

As tensões entre puritanos calvinistas e a monarquia absolutista cristã, levaram a que o Parlamento burguês, liderado por Oliver Cromwell, invadisse o palácio e derrotasse as forças reais, levando à execução do rei Charles I, em 1649. 

Isto resultou na abolição temporária da monárquia e na criação de uma república dictaturial. 

Em 1654, Cromwell promulga uma lei unificando a Inglaterra, a Escócia e a Irlanda num Estado único – a Commonwealth, governada pelo mesmo -  agora Lorde Cromwell

Após a sua morte, a monarquia absolutista é restaurada, em 1660, pelo rei Charles II, filho do rei decapitado. Depois da sua morte, sucede-lhe o seu irmão, o rei absolutista James II.


Revolução Gloriosa

A Revolução Gloriosa  é iniciada em 1642, com a deposição do rei Jaime II e a ascensão do seu genro Holandês, o rei William Orange III ao trono de Inglaterra e da sua filha mais velha, Mary II da dinastia Stuart.

É decretado o fim do absolutismo e estabelecida a monarquia constitucional, em 1688. Os reis permaneceriam no trono inglês, mas com poderes reduzidos. 

É realizada a Declaração de Direitos (Bill of rigths), em 1689, pelo parlamento e assinada pelos reis. Que assegurava a liberdade religiosa e o poder político ao parlamento.

A Revolução Inglesa é considerada a primeira revolução burguesa na Europa. Ou seja, marca a ascensão política da burguesia em relação à nobreza. 

A burguesia parlamentar implementará o mercado livre, que será fundamental para desecadear a Revolução Industrial, na Inglaterra.

As noticias da Revolução Inglesa espalhariam-se pela Europa e inspirariam a Revolução Francesa.


O Iluminismo

Foi uma ideologia revolucionária que surgiu na Europa, entre finais do séc.17  e séc. 18, que procurava gerar mudanças políticas, económicas e sociais na sociedade da época.

Os intelectuais iluministas defendiam, acima de tudo, a razão como forma de perceber o mundo e melhorá-lo.

Para o Racionalismo não é possível acreditar no que a razão não consegue provar. 


Cada iluminista tem a sua própria linha de raciocinio e diferentes abordagens ao mesmo tema. Muitas vezes discordavam. Mas, em traços gerais, as principais  ideias iluministas eram:

  • Reforçaram o conceito do humanismo renascentistas do ser humano no centro da sua existência e no controlo do seu destino;
  • Acreditavam que "o desenvolvimento da ciência levaria ao progresso da Humanidade e à formação de  sociedades mais justas", onde seria possível para todos terem uma vida melhor;
  • Opunham-se à influência da Igreja - à manipulação politica e ao poder  social da Igreja, que controlava a vida e mente das pessoas;  
  • Combatiam a concentração do poder real - propondo a  criação de um órgão legislativo (como um Parlamento) e a elaboração de uma Constituição que estabelecesse limites legais para o poder real;
  • Defendiam a liberdade de expressão - o poder divulgar livremente suas convicções sem que fossem vítimas da opressão e perseguição da Igreja e do rei;
  • Apoiavam a liberdade e tolerância religiosa - o direito de cada individuo às suas crenças, sem ser obrigado a seguir a religião do rei;
  • Incitavam ao direito de protecção da propriedade privada;
  • Apelavam à igualdade jurídica  - Todos os humanos serem iguais perante a lei;
  • Incentivavam ao melhoramento da educação;
  • Encorajavam o mercado livre em vez do mercantilismo - em que o rei não deveria interferir  e controlar o preço das mercadorias, salários, entre outros;
  • Enfatizavam que todos os humanos são iguais desde o seu nascimento e merecem os mesmos direitos

Entre os filosofos, cientistas e escritores que impulsionaram estas ideias, destacam-se:

    • John Locke (1632-1704) - Pensador inglês, que explica a necessidade de limitar o poder do rei para se viver numa sociedade mais justa, através da criação de Governos civis e Estados liberais com separação de poderes. Sublinha, também, que é dever do governo proteger a propriedade privada de cada pessoa.

    • Isac Newton (1642-1727) - Cientista inglês que formulou as leis do movimento e da gravitação universal, que comprovavam o movimento planetário e as trajectórias dos cometas. Confirmando, assim, a teoria heliocêntrica de Copérnico. Demonstrou, ainda, que o movimento dos objetos na Terra e nos corpos celestes poderia ser explicado pelos mesmos princípios. 

    • Montesquieu (1689 - 1755) - Filosofo francês defensor da democracia, esclareceu que para evitar a tirania, seria fundamental a divisão dos poderes (executivo, legislativo e judiciário).

    • Voltaire (1694-1778) - Escritor e filosofo francês que argumentava que o progresso poderia ser alcançado através da razão. Salienta, também, a importância da tolerância religiosa. 

    • David Hume (1711-1776) - Filósofo escocês que  acreditava que o conhecimento vinha apenas da experiência e da observação.

    • Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) - Filósofo e compositor suiço apontava a democracia como a forma mais justa de governo para equilibrar as desigualdades e injustiças sociais, proteger os direitos individuais e incentivar à educação da população.

    • Denis Diderot (1713-1784) - Filosofo francês afirmava que era da responsabilidade política eliminar as diferenças sociais e que a Igreja deveria se restringir-se aos assuntos religiosos e não influenciar o governo.

    • Immanuel Kant (1724-1804) - Filosofo alemão que desafiava a sociedade moderna a pensar por si própria, a fazer uso do seu intelecto para deixar de se escravizar.


A palavra Iluminismo vem do conceito que estes filosofos, escritores, cientistas e artistas pretendiam iluminar as mentes da sua época, resgatando-as da escuridão da ignorância. 

 A Burguesia apoia os iluministas pois as suas ideias iam de encontro aos  seus interesses de combater os privilégios da nobreza e clero, do seu acesso ao poder politico e ao mercado livre. A burguesia irá promover e financiar guerras e revoluções.

Os Iluministas contribuíram para o desenvolvimento científico e os seus ideais foram enraízando nas mentalidades do Ocidente o que foi fundamental para a mudança de pensamento da sociedade europeia.


A popularização e difusão dos ideais iluministas através de livros, revistas, das arte, debates em salões e academias  inspiraram revoluções por toda a Europa. Levando à queda do absolutismo. As monarquias absolutistas foram acabando ao longo do século 19. Dando ínicio à  Era Repúblicana. 


Estes ideais influenciaram movimentos de revolta pela liberdade e igualdade que fizeram eco do outro lado do Atlântico - A Revolução Americana. 

Os colonizadores ingleses e franceses, que foram povoar a América do Norte, revoltaram-se e exigiram independência dos seus reis. Uma vez que poucos nativos restaram depois da colonização, quase que apenas colonizadores e escravos africanos. Os colonizadores conseguiriam a independência dos Estados Unidos a 4 de Julho de 1776. A sua constituição incluíria a igualdade de direitos, refletindo os valores iluministas.

Começaria-se, então, a desenvolver a actual identidade norte americana.


Guerra dos 7 anos

Foram uma série de conflitos, entre 1756 e 1763, que envolveram vários reinos da Europa, pela disputa de territórios europeus e domínio colóniais.

A França, a Aústria, a Rússia e a Espanha aliam-se contra Hanover, Prússia, Inglaterra e Portugal.

Resumindo os principais conflitos.

A França começa a guerra, atacando a ilha de menorca, em domínio de Inglaterra.

A Prússia luta com a Aústria para tomar a Saxónia e a Boémia. Por sua vez, a Aústria tenta reconquistar a Silésia, em poder da Prússia. A Prússia toma a Saxónia.

A França toma Hanover, avança para a Prússia e ataca a Inglaterra.

Inglaterra contra-ataca a França e  ataca as colónias francesas. Apoderando-se das colónias francesas de Saint- Louis e Goree, na costa de África, ilhas, nas caraibas e o Quebec, na America do Norte. 

A Inglaterra continua a tomar território colónial francês - Montereal, na América do norte, Dominica, nas Caraíbas e Pondicherry, na India.

Entretanto, Inglaterra toma de Espanha: Cuba, nas Caraibas e Manilla, nas Filipinas.

Após sete anos de guerras, mais de 1 milhão de mortes, metade civis; muitas cidades destruidas e muito dinheiro investido, os reinos europeus decidem assinar tratados de paz - O Tratado de Paris e o Tratado de Hubertusburgo, em 1763. 

O Tratado de Paris é assinado entre a França, a Inglaterra e a Espanha.

Neste acordo, a França é a grande derrotada, perdendo quase todos os seus territórios coloniais. A Espanha recupera Cuba e Manila, e recebe Louisiana em troca de Flórida, na América do norte.

Já o Tratado de Hubetusburgo é assinado entre a Prússia, a Aústria e a Saxónia. Em que é acordado que a Prússia liberta a Saxónia,  em troca da Silésia.

Inglaterra torna-se o reino mais poderoso do mundo e a Prússia emerge como potência europeia.

Como consequência desta guerra, estes reinos ficam económicamente enfraquecidos e vêem-se obrigados a aumentar os impostos para pagar as suas divídas aos banqueiros burgueses. Deixando as populações europeias e coloniais revoltadas. O  que  dará origem a Revoluções.


Revolução Francesa

A França estáva a passar por uma grave crise económica. De forma a cobrir as dividas de guerras dispendiosas e os exorbitantes gastos das extravagâncias da corte, o rei Louis XVI aumenta os impostos à população, que combinado com sucessivas más colheitas e consequente aumento de preços afectam gravemente as populações camponesas e urbanas. 

As populações famintas e castigadas pelas guerras, agora, com novas mentalidades empoderadas pelo iluminismo, manifestam o seu descontentamento.  

 A 9 de Julho de 1789, pressionado pelos seus ministros, o rei convoca os Estados Gerais, representativos das 3 ordens sociais (Clero, Nobreza e Plebe) para aprovação de novas reformas financeiras, em que a nobreza passaria a pagar impostos, também.

Após divergências entre os Estados Gerais,  o Terceiro Estado (Plebe) declara-se o representante da nação  - a Assembleia Nacional - que iria elaborar uma nova Constituição, desafiando, assim, a autoridade do rei.

O rei percebe que está a perder o controlo e a 11 de Julho, convoca mais de 30.000 soldados para os arredores de Paris.

A suspeita que o rei queria dissolver a Assembleia Nacional, desplota a revolta das massas populares. 

A burguesia que tinha interesse em acabar com os privilégios da nobreza e do clero e ansiáva por poder politico e mais liberdade económica, apoia e impulssiona a revolta contra o Governo.


A 14 de Julho de 1789, os parisienses saiem à rua, em massa, para apoiar a Assembleia Nacional e tomam à força a fortaleza da Bastilha - prisão considerada um simbolo da autoridade real. O rei perde o controlo sobre Paris.


O povo, com o lema Liberdade, Igualdade, Fraternidade, põe, simbolicamente, fim ao Absolutismo, em França.


Camponeses e servos invadem, incendeiam e tomam as terras e castelos da nobreza, que os haviam explorado durante séculos. Muitos nobres aterrorizados fogem de França - o Grande Medo.


A 3 de Setembro de 1791 é estabelecida a Monarquia Constitucional. O rei continuaria no trono, mas com poderes reduzidos. Teria o poder executivo, ou seja, de representação diplomática e da tomada de desições militares. Além, do poder de veto (a opor-se a alguma lei) e a eleger deputados.

A Assembleia ficaria com o poder legislativo (responsável pela aprovação ou revogação das leis) e o poder judicial (da aplicação das leis).

O poder de veto e a eleição de deputados pelo rei, vai contra os ideais de República do deputado Maximilien Robespierre, que começa a juntar forças mais extremistas.

Surge um grupo politico mais radical,  os jacobinos,  liderados por  Robespierre.


A Assembleia Nacional toma as seguintes medidas:

  • Abolição do feudalismo, 
  • Eliminação dos privilégios e das classes sociais, 
  • O clero passa a ser funcionário assalariado do Estado, 
  • Venda dos bens da Igreja para fazer face à crise económica, 
  • Direito de voto a homens maiores de 25 anos, que tivessem uma renda minima,
  • Proclamação dos Direitos do Homem e do Cidadão, que assegura a liberdade individual, igualdade perante a lei, protecção da propriedade privada, outras.

No entanto, o rei recusa-se a aprovar a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

Uma multidão enfurecida (aprox. 7mil), principalmente mulheres do mercado, vai a Versalhes exigir pão, a aceitação das reformas, o fim da ocupação de Paris pelo Exército e a mudança do rei para Paris. O soberano aceita as condições e passa a ser, praticamente, prisioneiro dos revolucionários.

Pressionado por todos os lados, o rei decide fugir com a sua família, mas é descoberto na cidade de Varennes. Donde é escoltado pelo Exército de volta a Paris, em Junho de 1791. Perdendo a confiança do povo.

Os monarcas absolutistas da Áustria e da Prússia ameaçam intervir na revolução francesa, por parentesco ao rei francês, da dinastia Bourbon, através da Declaração de Pillnitz. A Assembleia francesa declara guerra à Áustria, em 20 de abril de 1792. 


Assim, começam as Guerras Revolucionárias Francesas (1792-1802).

Entretanto, o rei francês é acusado pelos extremistas jacobinos de traição nacional por, alegadamente, colaborar com as nações absolutistas em guerra com a França.

Em Agosto de 1792, o rei é deposto e preso, juntamente com a familia real. 

E a 21 de Setembro de 1792 é declarada a República Francesa

O rei Louis XVI é julgado, considerado traidor e guilhotinado a 21 de Janeiro de 1793.  Nove meses depois, a rainha Marie Antoniette é, também, decapitada.

A morte do rei Louis XVI choca a Europa, fazendo com que o Reino Unido, a Espanha e a Holanda passem a integrar a coligação de reinos contra a França revolucionária.

A Assembleia é substituída pela Convenção Nacional. A divisão política entre os Girondinos, que eram revolucionários mais moderados, e os Jacobinos radicais, leva à tomada de poder dos Jacobinos e à execução dos líderes Girondinos.

A ditadura jacobina introduze novas leis na Constituição, como:

  • Voto universal masculino, encerrando os critérios de rendimentos;
  • Fim da escravidão nas colónias;
  • Congelamento de preços dos produtos básicos, como o trigo (Lei do Máximo);
  • Instituição do Tribunal Revolucionário para julgar os inimigos da Revolução.

Começa o Periodo de Terror, na França.  Milhares de suspeitos de ameaça à revolução são executados em massa.

10 meses, depois, os seus opositores e a população revoltam-se contra a extrema violência. E acusam Robespierre de tirania. Este é  executado em 1794. Marcando a mudança para uma fase mais moderada da revolução.

Sobe ao poder, um novo regime - o Directório. Composto por girodinos sobreviventes da alta burguesia. 

Mas, a crise não melhora e ao anularem o congelamento de preços, provocam a antipatia da população. A instabilidade política e social continua mas é calada pelos militares.

Entretanto, Louis Charles, herdeiro da Coroa francesa, morre na prisão, aos 10 anos de idade, por desnutrição, abusos fisicos e tuberculose, a 8 de Junho de 1795.

A sua irmã Marie Therese é libertada da prisão, com 17 anos de idade, em Dezembro de 1795, e enviada para a Áustria, terra natal da mãe, Maria Antonieta.

Enquanto isso, os exércitos franceses conseguem  repelir as forças da coligação, derrotando a maioria das nações, por volta de 1797. A Holanda rende-se e é negociada a paz com a Espanha e a Prússia.  O herói da guerra é o general Napoléon Bonaparte.

Os 4 anos de governo do Directório são um falhanço, tendo cedido algum poder aos militares para conseguir manter a ordem.

Em 9 de novembro de 1799, Bonaparte assume o controle do governo através dum Golpe de Estado, levando ao fim do impopular Governo Girondino. A sua ascensão marca o fim da Revolução Francesa e o início da Era Napoleónica.

 

A Revolução Francesa adquiriu importância histórica, como símbolo da ruptura com o passado monárquico medieval e de início de um processo para uma nova Era repúblicana. 


A Revolução Francesa conduziria França à primeira conturbada República (1792-1799), para 7 anos depois, se tornar na ditadura de Napoleão (1799 -1815) e após 16 anos, ser restaurada a monarquia com Louis XVIII, irmão mais velho do rei guilhotinado Luis XVI.  

Seria a Revolução de Fevereiro de 1848, que poria fim à Monarquia e abriria caminho para a Segunda República Francesa.

Só 60 anos depois, da Revolução Francesa de 1789, a República será, efectivamente, estabelecida.

A revolta francesa contra o Absolutismo  é considerada importante por  ter motivado revoluções pela Europa. Mostrando que a vontade do povo é soberana. 





Acontecimentos que, também, marcaram o Mundo, 
durante a Idade Moderna


Século 15

  • O Machu Picchu e o Império são construídos no início do séc. 15

Séc. 16

  • Na Inglaterra, o rei Henry VIII, da dinastia Tudor, precisava de um herdeiro masculino para garantir o trono. Como a Igreja Católica não reconhece o divórcio, rompe com Roma, para poder casar-se novamente. Iniciando, em 1531, a Igreja de Inglaterra (12).

  • Após a crise da ascensão ao trono de Portugal, os reinos de Espanha e Portugal unem-se sobre o reinado de Filipe II de Espanha, em 1580, que duraria 60 anos.

  • O Papa Gregório XIII emite o calendário gregóriano a 15 de Outubro de 1582.

  • A marinha inglesa derrota a "invencível armada" espanhola (132 embarcações), no Canal da Mancha, quando o rei Filipe II tenta invadir Inglaterra, em 1588.


Séc. 17

  • A Grande fome da Rússia mata um terço da população entre 1601 e 1603.

  • 1613- Mikhail Romanov tornou-se czar da Rússia e iniciou o domínio de 300 anos da Rússia pelos Romanov.

  • A Basílica de São Pedro, no Vaticano, em Itália, é concluída em 1626.

  • Em 1632, começa a construção do Taj Mahal, na Índia.

  • A Guerra da Restauração Portuguesa(1640-1668) põe fim à  União Ibérica.

  • A Grande Fome da França mata 2 milhões de pessoas entre 1693 e 1694.

  • Em 1694 é estabelecido o Banco de Inglaterra.
  • A Grande Fome da Filândia mata um terço da população entre 1696 e 1697.

Séc. 18

  • 1776- As 13 colónias inglesas da América do Norte assinaram a Declaração de Independência.




Personalidades que Marcaram a Idade Moderna


Desiderius Erasmus (1466-1536) - Intelectual e teólogo holandês, percursor do Humanismo no Norte da Europa.  Erasmus acreditava que a melhor forma de resolver os problemas da Igreja era através da educação e do conhecimento. Traduziu o Novo Testamento para o Grego.  


Nicolau Maquiavel (1469-1527) - Filósofo político italiano que ficou conhecido pela sua polémica obra "O Príncepe". Um  manual para governantes, onde defende que para ser bem sucedido no poder é necessário separar a política da ética e fazer tudo o necessário (inclusive manipulação e mentira) para ser amado pelo povo e manter a estabilidade política.


William Tyndale (1494-1536) - Intelectual humanista inglês, que foi condenado à fogueira por ter traduzido a Biblia para inglês.


Maria I - Mary I, da dinastia Tudor (1516-1558) - Foi a primeira rainha a reinar Inglaterra. Ela restaurou a Igreja católica, depois do rei,  seu pai morrer, que havia renunciado o Papa. Perseguiu e condenou à fogueira aprox. 300 protestantes, durante o seu curto reinado de 5 anos. Ficando conhecido por Maria sangrenta - Bloody Mary.


René Descartes (1596-1650) - Filosofo francês, considerado o pai da filosofia moderna. Autor da famosa frase "Eu penso, logo existo." Publicou, no séc 17, o "Discurso do Método", onde defende que devemos duvidar de tudo para poder encontrar a verdade. A dúvida só deixará de existir, quando se puder comprovar cientificamente a sua veracidade. 


Nostradamus (1503-1566) - Foi um astrólogo e vidente francês que ficou famoso pelo seu livro de profecias sobre eventos mundiais. Ele terá profeciado a própria morte.


Elisabete Bathory ou Erzsébet Báthory (1560-1614) - Foi uma abastada condessa húngara, que ficou conhecida por ter torturado e assassinado de forma cruel e macabra, pelo menos 600 mulheres. As suas vítimas eram as suas servas e senhoras da baixa nobreza. Foi apanhada pelas autoridades em flagrante acto de tortura, no seu castelo. Mas, por ser membro de uma familia poderosa, não foi acusada, nem julgada. Apenas isolada no seu castelo até à sua morte.



Shakespeare (1564-1616) -  É o poeta nacional da Inglaterra e um dos mais aclamados dramaturgos de todos os tempos. Muitas das suas peças de teatro são conhecidas em todo o mundo, como: Romeo e Julieta, Hamlet, Macbeth, entre outras.


Ivan IV, o Terrível (1530-1584) - Foi o primeiro czar da Russia. Ele acreditava que todos conspiravam contra ele. Eliminou familias inteiras, vilas inteiras, membros do governo, amigos, até acidentalmente o próprio filho e o neto na barriga da nora. Ficou conhecido pelo seu reinado de terror.


Luís de Camões (1524-1580) - É o poeta nacional de Portugal. A sua epopéia - Os Lusíadas - é uma homenagem ao povo português e descreve os Descobrimentos Portugueses e as suas aventuras pela India e  colónias portuguesas. Considerada a mais importante obra de literatura, em língua portuguesa.


Miguel de Cervantes (1547-1616) - É um dos grandes poetas de Espanha. A sua obra mundialmente reconhecida - Dom Quixote, narra as aventuras de um cavaleiro de meia idade D. Quixote  e o seu fiel companheiro Sancho Pança em busca de fortuna.


Thomas Hobbes (1588–1679) - Filisofo inglês e autor  da polémica obra Leviata. Onde defende que devido ao egoismo da natureza humana é necessário um governo absolutista para zelar pelos interesses de todos.


Catarina, a Grande - Dinastia Romanov (1729-1796) - Foi uma imperatriz da Rússia, de origem real prússiana(região da Polónia).  Foi responsável por modernizar a Rússia  e pela vasta expansão do império russo. Após guerra com os Otomanos foi anexada a Crimeia, em 1774. Conquistando o acesso  ao Mar Negro. O povo da Criméia era o único povo, do Império russo,  que não tinha origem eslava, mas tártara, de origem turca. Ficou conhecida pelos seus muitos amantes, dado que o seu marido teria preferência por amantes masculinos. Nunca tendo consumido o casamento com Catarina.


Reflexão 

Nestes 400 anos de história moderna, o acontecimento mais importante foi a mudança de mentalidade da população. 


Desde o aparecimento da primeira autoridade na Pré-História, que as comunidades vivem subjugada ao poder e vontade de uma pessoa.


No final da Idade Moderna, finalmente, a população percebeu que só vive mal porque quem  lidera,  assim o quer. 


Quer mantê-la ingnorante para ser mais facilmente manipulada, controlada e obediente.


Pois, só desta forma, quem governa consegue extorquir o pouco dinheiro que o povo recebe do seu  árduo trabalho, para sustentar o seu estilo de vida luxuoso e da sua familia.


Mas não é apenas o governo a explorar o povo. A arrogante nobreza, a gananciosa burguesia e a avarenta Igreja, também, o fazem. 


A burguesia dando más condições de trabalho, pagando salários muito baixos e muitas horas de trabalho. Para  obter o máximo lucro possível ao menor custo possível.


A nobreza para usufruir de serviços pelo menor custo possível, para poupar o seu dinheiro, a sua fortuna. 



Mesmo a avarenta Igreja, que prega o amor ao próximo, o ajudar os pobres, cobra imposto e cobra por todos os serviços religiosos aos fieis desde que nascem (baptismo) até que morrem (funeral). 

E a riquíssima Igreja católica precisa? Claro que não. Podia, perfeitamente, viver da fortuna acumulada, das doações, das rendas de terrenos, de edificios, de casas. 


Não porque precisem de tanto dinheiro, mas para acumular riqueza.


Não importa a que custo. 


Quem tem mais mais, é quem se importa menos.


Todos parasitas dos pobres. 

Aproveitam-se do azar do povo de ter nascido pobre e de precisar de trabalhar para outros para sobreviver.


É a lei primitiva do mais forte. E os pobres são os fracos, os vulneráveis.Portanto, presas facéis.


O povo já percebeu que unido, são a maioria e conseguem destronar os tiranos.


Mas, quando os burgueses bancários contemporâneos  começaram a emprestar-lhes dinheiro, contentaram-se e conformaram-se.

Cairam na ilusão do capitalismo, que lhes deu poder de compra instantâneo, mas temporário.

Sem se aperceberem que estavam a alimentar outro parasita.


A burguesia podia ambicionar os privilégios da nobreza, de elite politica, o prestígio, a isenção de impostos, mas o verdadeiro privilégio da nobreza é o tempo. O tempo que tem  para ser.


"Pobreza não é apenas fallta de dinheiro, é não ter a possibilidade de atingir o seu potencial como ser humano." - Amartya Sen




Glossário 


Constantinopla(1) - Era a capital do antigo império romano do Oriente. Era considerada a cidade inconquistável. É actualmente Istambul, na Turquia.


Otomanos(2) - Eram uma tribo nómada turca, que conquistou um dos maiores impérios (Turquia, as Balcãs, Yemen, Catar, Iraque, Criméia, Síria, Palestina, parte da Arábia Saúdita, Azerbeijão, outros). Dominaram parte deste império por mais de 600 anos. Até serem vencidos nos campos de batalha, da Primeira Guerra Mundial.


Península Balcânica(3) - ou Balcãs é localizada na Europa e é composta pelos países Grécia, Montenegro, Sérvia, Roménia, Moldávia, Macedónia, Grécia, Eslovénia, Croácia, Bósnia-Herzegovina, Bulgária e Albânia.


Cartografia(4) - É a ciência que estuda e cria mapas para representar geográficamente uma área.


Astronomia(5) - É a ciencia que estuda as estrelas, planetas e outros corpos celestes e os seus fenómenos.


colonizados(6) - colonialismo é a ocupação de um território, subjugando o povo nativo e explorando as suas terras e recursos naturais e minerais para proveito do país colonizador. Dominando o território politicamente e economicamente. 


Antiguidade greco-romana(7) - Refere-se à cultura das civilizações da Grécia e da Roma da Idade Antiga ou Antiguidade.


Teoria Heliocêntrica (8) - No séc. 16, Copernico apresenta um novo conceito em que coloca o sol no centro do universo e e todos os planetas, incluindo a terra, e estrelas a orbitar a seu redor.  Ao contrário da teoria da Terra ser o centro do universo, como se pensava até então. A Igreja católica proibe a teoria de Copernico e a suas obra


Teólogo(9) - Pessoa que estuda o divino, as crenças religiosas e as práticas da fé.


Purgatório(10) - No catolocismo, é um local temporário, para onde vão as almas das pessoas falecidas, com algum pecado que precisa de receber punição, para se purificar e poder  ir para o céu.


Calvinismo(11) - É uma vertente do protestanismo de Lutero. Criada pelo teólogo francês Jehan Cauvin - João Calvino.  O que mais difere do Luteranismo, é que o Calvino não acredita que o caminho para a salvação seja a fé, mas  que alguns fiéis já estão pré - destinados à salvação e outros não. 

Para Lutero, o calvinismo era a doutrina perfeita para a burguesia, pois os comerciantes rejeitavam o ideal católico de glorificação da pobreza. Para o calvinismo o homem provava a sua fé por meio do sucesso material. 

Na França, foi seguido pelos “huguenotes”, na Escócia, pelos “presbiterianos”, na Inglaterra, pelos “puritanos” e na Holanda, pelos “protestantes”. 


Anglicanismo (12) - É a Igreja cristã de Inglaterra, nascida da Reforma Protestante, em Inglaterra. Foi instituído pelo rei Henrique VIII, em 1534. Tal como o luteranismo, também, considera a Biblia a autoridade máxima, mas os protestantes tendem a interpretá-la mais literalmente, enquanto os anglicanos podem adoptar uma interpretação mais contextual ou simbólica.


Sacro Império Romano-Germânico (13) - Começou a formar-se na Idade Média , em 800 com Carlos Magno como imperador. Foi dissolvido em 1086 devido às Guerras Napoleónicas. Ficava situado na Europa central englobava os actuais países: Alemanha, Áustria, Suiça, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, República Checa, leste da França, norte da Itália e oeste da Polônia, outros. 


Latim(14) - Era a língua oficial do Antigo Império Romano e da Igreja Católica. Actualmente, é uma língua morta, pois só é usada pela Igreja Católica em rituais e documentos. Do Latim originaram-se as línguas: Italiano, Português, Espanhol, Francês e o Romeno.


O Concílio de Trento (15)  - Foram 3 reuniões, entre 1545 e 1563, convocadas pelo Papa Pablo III, com os representantes da Igreja europeia, en resposta à Reforma Protestante. Nestas reuniões reafirmou a autoridade da Igreja católica e reformou os abusos do clero. Dando especial atenção à formação e moralidade do clero, ao ensino da doutrina e valorização da vida religiosa voltada para a educação e ao cuidado dos enfermos


Dogmas(16) - Crenças aceites como verdades absolutas e inquestionáveis para determinada religião. No caso da Igreja Católica, alguns dos seus dogmas são:

  • Acreditar na existência de Deus - Não é possível vê-lo, nem ouvi-lo, o importante é a fé na sua existência.
  • Deus é o criador do universo e é omnipotente e omnipresente.
  • A Santa Trindade - Deus existe no Pai, Filho e Espirito Santo. Mas são apenas um - a Unidade de Deus.
  • Jesus é filho de Deus - A sua divindade é provada pelos seus milagres.
  • Jesus nasceu da virgem Maria.
  • Jesus morreu na cruz e ressuscitou.


Galés (17) - Eram embarcações de guerra europeus, que precisavam de aproximadamente 250 homens a remar para se movimentar. Remos que pesavam mais de 100 kilos. 


Exílio ou Desterro(18) - Condenação por envio de uma pessoa para um lugar muito distante, como para uma colónia.







Númeração Romana


Séc 1 - I                 6- VI                11 - XI            16 - XVI 


2- II                        7 - VII              12- XII            17 - XVII


3 - III                      8 - VIII             13 - XIII          18 - XVIII


4 - IV                      9 - IX               14 - XIV         19 - XIX


5- V                       10 - X               15 - XV          20 - XX


                                                                                                      21 - XXI                                                                                                            


Outros Artigos

História da Humanidade - Idade Antiga - Resumo

História da Europa - Idade Média - Resumo

Primeiros Humanos - Pré -História - Resumo

O que é o Colonialismo?

Reforma Protestante e Contra- Reforma - Resumo

Literatura Medieval na Europa - Resumo

Lendas de Portugal- A Lenda de D. Pedro e Inês de Castro

O Lazer na Idade Medieval - Resumo

Colónias e Protetorados por Continentes