Fundação de Portugal
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| Primeira Bandeira de Portugal |
Portugal é um dos países mais antigos da Europa. É um país com 881 anos de existência. Fundado, oficialmente, em 1143.
A sua formação começou durante a Reconquista da Península Ibérica, aos muçulmanos, na Idade Média.
Depois da Península Ibérica estar sob domínio romano durante 600 anos, vários povos tomaram a Ibéria dos romanos. Formando-se vários reinos de povos Suevos, Lusitanos, Bascos, Galegos, Alanos, Visigódos, entre outros.
Após a invasão muçulmana, os reinos da Península Ibérica começam a unir-se e a combater organizados. Novos reinos são formados: Leão, Castela, Navarra e Aragão.
O rei D. Afonso VI, dos reinos de Leão e Castela, pede auxilio militar aos cavaleiros nobres europeus para combater os muçulmanos, que estavam a invadir as suas terras.
Entre eles vieram do reino Franco, o conde D. Henrique de Borgonha e seu primo conde D. Raimundo de Borgonha, que combatem com bravura e astúcia militar.
Como recompensa, D. Henrique recebe do rei Afonso VI, o Condado Portucalense e a mão da filha D. Teresa.
Passando a administrar o Condado Portucalense autónomamente, mas como era normal no Feudalismo, D. Henrique tem como dever prestar vassalagem ao rei de Leão e Castela, que consiste em:
Deveres
- Prestar lealdade ao rei
- Dar auxilio militar
- Administrar e defender o Condado Portucalense
- Alargar o território, recuperando-o dos muçulmanos
O seu primo D. Raimundo recebe o Condado da Galiza na mesmas condições de vassalagem e a mão da filha D. Urraca.
Quando D. Henrique falece em 1122. Sucede-lhe a sua esposa D. Teresa, que se alia ao Condado da Galiza, pondo em causa a independência do Condado Portucalense.
Os Portucalenses nobres descontentes aliam-se ao filho de D. Teresa, D. Afonso Henriques, que entretanto torna-se adolescente.
D. Afonso Henriques luta contra o exécito da mãe e derrota-a na Batalha de S. Mamede, a 24 de Junho de 1128. Assumindo a governação do Condado.
A sua mãe foge para a Galiza com o seu amante galelo, o conde Fernando Peres de Trava. Porém, o rei de Leão e Castela não aceita a independência.
D. Afonso Henriques continua a travar batalhas pela independência e simultaneamente, também, a lutar contra os muçulmanos, recuperando terras mais a sul, na importante Batalha de Ourique, em 1139.
Depois de várias batalhas, o rei de Leão e Castela reconhece a independência do Condado Portucalense e D. Afonso Henriques como rei, através do Tratado de Zamora, assinado em 1143.
O Condado Portucalense passa a designar-se Reino de Portugal.
Em 1147,o rei de Portugal, conquista Santarém e Lisboa.
Para reforçar a independência, D. Afonso Henriques pede o apoio da Igreja. Que acede em troca de vassalagem ao Papa e um tributo anual.
Só após 35 anos de negociações, em 1179, o Papa Alexandre III reconhece a independência de Portugal, através da Bula Manifestis Probatum.
Até à sua morte, em 1185, já tinha conquistado Álcacer do Sal, Beja e Évora.
Nos reinados dos seus sucessores houve vários avanços e recuos na reconquista de terras aos muçulmanos.
Foi 500 anos depois, em 1249, no reinado de D. Afonso III, que foram recuperadas as últimas regiões algarvias, como Silves e Faro. Formando o actual Portugal continental.
Em 1418, incentivados pelo Infante D. Henrique, o navegador João Gonçalves Zarco e sua tribulação são afastados da rota de Africa, por uma tempestade, e são salvos por uma ilha que baptizam de Porto Santo.
Um ano mais tarde descobrem outra ilha, rica em madeira e dão-lhe o nome de Madeira.
Em 1439, a ilha de Santa Maria, do arquipélago dos Açores, é colonizada pelos portugueses. Seguindo-se de São Miguel.
A ilha Terceira foi povoada em 1450. O povoamento das restantes ilhas foi feito já no séc. 16.
Portugal fica, assim, completamente formado com os seus arquipélagos autónomos.