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Linhagem da Monárquia Portuguesa

Portugal 






Idade Média

- Dinastia de Borgonha ou Afonsina -


Fundador e 1º Rei de Portugal de 1139 a 1185 

 O Rei D. Afonso Henriques terá nascido em Guimarães, a 25 de Julho de 1109(?). Descendente do Conde D. Henrique de Borgonha, neto do duque da Borgonha Roberto I e bisneto do rei de França Roberto II, e de D. Teresa, filha ilegítima do Rei D. Afonso VI de Leão e Castela, que se tornaram conde e condessa do Condado Portucalense e vassalos do Reino de Leão e Castela.

D. Afonso Henriques fundou o Reino de Portugal e tornou-se rei dos portugueses, aos 30 anos, a 25 de Julho de 1139.

Mas, para conseguir a independência do Reino de Portugal enfrentou não só os exércitos castelhanos e mouros, como a forças militares da própria mãe D. Teresa, aliada do Reino de Leão.

Alcançou, finalmente, o reconhecimento oficial do reino, do seu primo, imperador da Hispania, Afonso VII, através do Tratado de Zamora, em 1143 e o reconhecimento papal, 6 anos antes da sua morte.

Recebeu o cognome de O Conquistador por todos os territórios recuperados aos mouros: Leiria, Santarém, Lisboa, Almada, Palmela, Alcácer do Sal, Tomar, Évoramonte, Beja, Évora, Serpa e Moura.

Foi durante o seu reinado que se iniciou a construção do Mosteiro de Alcobaça, em 1178, que ficaria concluído 100 anos depois.

O Rei D. Afonso I casou, aos 37 anos, em 1146, com Matilde de Sabóia, de 21 anos, filha do Conde italiano Amadeus III, de Sabóia.

Segundo as crónicas, morreu aos 76 anos, a 6 de Dezembro de 1185. Não se sabe ao certo o motivo da sua morte. 
O seu túmulo encontra-se na Igreja da Sta. Cruz de Coimbra.


Descendência:  

Ilegítimos, antes do casamento

  1. Pedro Afonso (com a nobre galega Flamula Gomes ou Châmoa Gomes de Pombeiro) - está enterrado com o pai, em Coimbra.
  2. Afonso de Portugal  (com a nobre galega Flamula Gomes)
  3. Teresa Afonso (com a galega Elvira Guálter)
  4. Urraca Afonso, Senhora de Aveiro (com a galega Elvira Guálter)

Com a esposa Matilde de Sabóia

  1. Henrique, de Portugal (morreu aos 8 anos)
  2. Urraca, Rainha de Leão. O seu filho Afonso IX foi o Rei de Leão e de Castela
  3. Teresa Afonso de Portugal, Condessa de Flandres e Duquesa de Borgonha
  4. Mafalda Afonso de Portugal (morreu na infância)
  5. Sancho I de Portugal - herdeiro do trono
  6. João de Portugal (morreu aos 8 anos)
  7. Sancha de Portugal (morreu aos 10 anos)



2º Rei de Portugal de 1185 a 1211

     O Rei D. Sancho I nasceu a 11 de Novembro de 1154, em Coimbra. O seu irmão mais velho morreu na infância e ele herdou o trono.

Casou, aos 20 anos, em 1174, com D. Dulce de Aragão, de 14 anos, filha do nobre D. Ramon Berenguer IV, Conde de Barcelona, Girona, outras. 

Tornou-se rei aos 31 anos, em 1174, mas começou a governar em 1170, por o seu pai já estar muito doente.

Durante o seu reinado perdeu, novamente, para os mouros, Alcácer, Palmela a Almada. Conquista Silves, mas volta não consegue manter a cidade.

Recebeu o cognome de “O Povoador”, por ter promovido o povoamento das terras conquistadas. Tendo criado muitos concelhos e concedido cartas de foral.

Morreu aos 57 anos, a 27 de Março de 1211.


Descendência: 

  1. D. Teresa, Rainha de Leão
  2. D. Sancha, Senhora de Alenquer
  3. D. Constança de Portugal 
  4. D. Afonso II de Portugal - herdeiro da coroa
  5. D. Pedro I, Conde de Urgel e rei das Baleares
  6. D. Fernando, Conde de Flandres 
  7. D. Henrique de Portugal (morreu jovem)
  8. D. Raimundo de Portugal (morreu jovem)
  9. D. Mafalda, Rainha de Castela
  10. D. Branca, Senhora de Guadalajara, freira
  11. D. Berengária, Rainha da Dinamarca
Ilegítimos
  1. D. Martim Sanches de Portugal, Conde de Trastamara (de D. Maria Aires de Fornelos) 
  2. D. Urraca Sanches de Portugal (da nobre Maria Aires de Fornelos)
  3. D. Rodrigo Sanches de Portugal (de D. Maria Pais Ribeira, sobrinha de Martim Moniz)
  4. D. Gil Sanches de Portugal (de D. Maria Pais Ribeira, a celebre Ribeirinha)
  5. D. Nuno Sanches de Portugal ( de Maria Pais Ribeira)
  6. D. Maior Sanches de Portugal (morreu na infância, de Maria Pais Ribeira)
  7. D. Teresa Sanches de Portugal, Senhora de Meneses, e de Albuquerque (de Maria Pais Ribeira)
  8. D. Constança Sanches de Portugal (de Maria Pais Ribeira)
  9. D. Pedro Moniz (da condessa espanhola Maria Moniz de Ribeira)



3º Rei de Portugal de 1211 a 1223 
  

O Rei D. Afonso II nasceu a 23 de Abril de 1185, em Coimbra. Torna-se rei aos 26 e casa, em 1211, com a sua prima, em 5º grau, D. Urraca de Castela, de 26 anos, filha do Rei Afonso VIII de Castela e Toledo. 

Durante os primeiros seis anos do seu reinado ocorreram conflitos violentos com a suas irmãs D. Mafalda, D. Teresa e D. Sancha, a quem o seu pai D. Sancho I havia deixado em testamento(1209) a posse e rendimentos dos castelos de Montemor-o-Velho, Seia e Alenquer. 
O Papa Inocêncio III interveio neste conflito, tendo D. Afonso II ficado na posse destes domínios mediante indemnização às suas irmãs.

Conquistou aos mouros Alcácer do Sal e durante o seu reinado foram tomadas Borba, Vila Viçosa e Veiros sob liderança do Bispo de Lisboa.

Criou algumas das primeiras leis escritas.

D. Afonso II foi cognominado de O Gordo” por ser gordo.


Morreu aos 38 anos, de lepra, a  21 Março de 1223.

Descendentes: 

  1. Sancho II de Portugal - herdeiro do trono
  2. Afonso III de Portugal - herdeiro do trono
  3. Leonor, Rainha da Dinamarca
  4. Fernando, Senhor de Serpa
Ilegítimos
  1. João Afonso
  2. Pedro Afonso 

4º Rei de Portugal de 1223 a 1248

    O Rei D. Sancho II nasceu a 8 Setembro 1202, em Coimbra. Torna-se rei aos 21 anos. Casa  aos 33 anos, em 1242, com a sua prima viúva, a espanhola D. Mécía López de Haro, de 27 anos, filha de D. Lopez Díaz II de Haro, Senhor de Biscaía e trineta do primeiro rei de Portugal. 
O casamento é anulado por bula papal por D. Mécia ser viuva. Mas D. Sancho II não aceita a anulação. D. Mécia é raptada a mando do irmão do rei. Mas quando o rei (seu marido) vai resgatá-la, ela recusa voltar para ele.

Enquanto D. Sancho II estava empenhado nas guerras contra os mouros, salteadores e bandidos espalhavam o caos, e o descontentamento aumentava entre os nobres e o clero. Após perder um conflito militar com o irmão mais novo, D. Afonso III, que tinha  o apoio da nobreza e do clero, D. Sancho II é deposto.

Durante o seu reinado, D. Sancho conquistou em 1226: Elvas,  Arronches, Marvão e Juromenha. E em 1235 toma Aljustrel, Mértola, Ayamonte, Tavira e Cacela.

D. Sancho II foi cognominado de “O Capelo” por, em criança, ter usado o hábito de frade franciscano. 

Morreu aos 46 anos, a  4 de Janeiro de 1248, em Toledo, Espanha.

D. Sancho II e D. Sebastião são os únicos reis portugueses cujos restos mortais não estão em Portugal. Os de D. Sancho II deverão estar em Espanha, devido ao seu exílio em Toledo.

Descendência: Não teve.  



5º Rei de Portugal de 1248 a 1279
     O Rei D. Afonso III, nasceu a 5 de Maio de 1210, em Coimbra. Tornou-se rei aos 38 anos e casou, em 1248, com a viúva D. Matilde de Bolonha, de 46 anos, filha do nobre francês D. Reinaldo, Conde de Dammartin e de Bolonha
Mas como esta não conseguiu gerar mais filhos, D. Afonso  III abandonou-a, para casar-se, aos 43 anos, em 1253, com D. Beatriz de Castela, de 11 anos, filha ilegítima do Rei Afonso X de Castela e Leão, como parte de um tratado de paz entre o reino de Portugal e reino de Castela e Leão.

No reinado de D. Afonso III, em 1249, foram recuperadas as últimas regiões algarvias: Faro, Albufeira, Porches e Silves. Formando o actual Portugal continental.

A partir de 1254, a Assembleia passa a incluir o povo. E a capital do reino passa de Coimbra a Lisboa, em 1255.

 D. Afonso III foi cognominado de “O Bolonhês”por, ter casado com a condessa de Bolonha. 

Morreu aos 69 anos, de reumatismo, a 16 de Fevereiro de 1279.

Descendência:
  1. Branca, Senhora de las Huelgas
  2. Dinis I de Portugal - herdeiro do trono
  3. Afonso, Senhor de Portalegre
  4. Sancha de Portugal
  5. Maria de Portugal (morreu antes de 1 ano de idade)
  6. Vicente de Portugal (morreu antes de 1 ano de idade)
  7. Fernando de Portugal (morreu antes de 1 ano de idade)
Ilegítimos
  1. Martim Afonso Chichorro (com a moura Madragana Ben Aloandro)
  2. Urraca Afonso de Portugal (com a moura Madragana Ben Aloandro)
  3.  Afonso Dinis (com  Maria Peres de Enxara)
  4. Leonor Afonso, freira (com Elvira Esteves)
  5. D. Fernando Afonso, Cavaleiro 
  6. D. Gil Afonso, Cavaleiro 
  7. D. Rodrigo Afonso, prior 
  8. D. Leonor Afonso, senhora de Pedrógão e Neiva
  9. D. Urraca Afonso


6º Rei de Portugal  de 1279 a 1325
    O Rei D. Dinis I nasceu a 9 de Outubro de 1261, em  Lisboa. Tornou-se rei aos 18 anos e casou, aos 21 anos, em 1282, com D. Isabel de Aragão, de 11 anos, filha de Pedro III, Rei de Aragão.
A Rainha D. Isabel ficou conhecida por Rainha Santa Isabel pela lenda do Milagre das Rosas.

D. Dinis ordenou a construção da primeira Universidade, em 1290, em Lisboa,  transferida para Coimbra, em 1309 e promoveu a língua portuguesa na documentação oficial.

Este rei foi, também, poeta da poesia trovadoresca galaico-portuguesa, tendo escrito 139 cantigas, renovando a cultura portuguesa, numa época de decadência cultural.

A paz com o Reino de Leão e Castela só foi conseguida no seu reinado com o Tratado de Alcanizes, de 1297.

D. Dinis foi cognominado de “O Lavrador” por, ter valorizado o desenvolvimento da agricultura, mas também do comércio e da educação. 

Morreu aos 64 anos, a 7 de Janeiro de 1325.

Descendência:
  1. Constança, Rainha de Castela
  2. Afonso IV de Portugal - herdeiro do trono
Ilegítimos
  1. Pedro Afonso, Conde de Barcelos (com Grácia Anes Fróis)
  2. Afonso Sanches, Senhor de Albuquerque (com Aldonça Rodrigues de Telha)
  3. João Afonso, Senhor da Lousã (com Maria Pires)
  4. Maria Afonso, Senhora de Gibraleón (com Marinha Gomes)
  5. Fernão Sanches 
  6. Maria Afonso, freira 

7º Rei de Portugal de 1325 a 1357
 O Rei D. Afonso IV nasceu a 8 de Fevereiro de 1291, em Coimbra. Tornou-se rei aos 34 anos e casou, em 1325, com D. Beatriz de Castela, de 32 anos, filha do Rei Sancho IV de Leão e Castela.

A sua filha, a princesa D. Maria de Portugal, casa, em 1328, com o  primo, rei D. Afonso XI de Castela. Mas este ignorava a mulher, pelo seu romance com a amante D. Leonor Nunes de Gusmão. Quando D. Afonso IV toma conhecimento deste facto, ataca terras fronteiriças de Castela. Quatro anos mais tarde, D. Maria pede ao pai e ao marido para assinarem um tratado de paz. Assim foi feito, em 1339.

No ano seguinte, os mouros ameaçam Castela. e D. Maria pede ajuda ao seu pai. Camões conta este pedido de ajuda no Canto III “Formosíssima Maria”.

D. Afonso IV vai em auxilio da filha e obtém uma grande vitória contra os muçulmanos na Batalha do Salado, o que contribuiu para ser apelidado de “O Bravo”.


Morreu aos 66 anos, a 28 de Maio de 1357.

Descendência:
  1. Maria de Portugal, Rainha de Leão e Castela
  2. Afonso de Portugal (nado-morto à nascença)
  3. Dinis de Portugal (morreu com 1 ano)
  4. Pedro I de Portugal - herdeiro do trono
  5. Isabel de Portugal (morreu com 2 anos)
  6. João de Portugal (morreu com 1 ano)
  7. Leonor, Rainha de Aragão
Ilegítimos
  1. Maria Afonso de Portugal, Senhora de Valência de Campos 

8º Rei de Portugal de 1357 a 1367
    O Rei D. Pedro I nasceu a 18 de Abril de 1320, em Coimbra. 1328.
A 26 de Março de 1328, casa, aos 8 anos, com a Infanta D. Branca, neta do rei de  Sancho IV de Castela. Mas, mais tarde abandona-a por doença de D. Branca.
Volta a casar aos 16 anos, em 1336, com a sua prima de 2º grau D. Constança Manuel de Villena, de 20 anos, filha de D. João Manuel de Castela, Príncipe de Vilhena e Escalona. 
D. Constanza tinha sido casada anteriormente com o Rei Afonso XI de Leão e Castela, mas o casamento nunca foi consumado e ele prendeu-a no castelo do Toro, para casar com a irmã de D. Pedro I, e sua prima em 1º grau - Maria de Portugal, por razões políticas. 

Entretanto, o Rei D.Pedro I apaixona-se por uma das aias da esposa, Inês de Castro, filha ilegítima de um fidalgo galego. Inês é exilada. Entretanto, Constança morre a 1349. E D. Pedro I casa com Inês em segredo.
O Rei D. Afonso IV receando que o filho de Inês quisesse reclamar o trono, ordena matar Inês, em 1355. 
Depois de se tornar rei, aos 37 anos, D. Pedro I coroa-a rainha de Portugal, depois de morta, em 1360.

D. Pedro I foi cognominado de “O Justiceiro” por ter aplicado uma justiça rigorosa e severa, igual para todos.

Morreu aos 47 anos, de epilepsia, a 18 de Janeiro de 1367. O seu túmulo e o de Inês encontram-se no Mosteiro de Alcobaça.

Descendência:

Do primeiro casamento com Constança:
  1. Maria, Princesa de Aragão
  2. Luis de Portugal (morreu 1 semana depois)
  3. Fernando I de Portugal - herdeiro do trono
    Do seu segundo casamento com Inês de Castro:
    1. Afonso de Portugal (morreu durante a infância)
    2. Beatriz, Condessa de Albuquerque
    3. João, Duque de Valência de Campos
    4. Dinis, Senhor de Cifuentes
    Ilegítimos
    1. João I (Mestre de Avis) - futuro herdeiro do trono (com Teresa Lourenço)


    9º Rei de Portugal de 1367 a 1383 
        O Rei D. Fernando I nasceu a 31 de Outubro de 1345. Tornou-se rei aos 22 anos e casa aos 27 anos, em 1372, com D. Leonor de Teles, de 22 anos, filha de D. Martim Afonso Telo de Meneses, mordomo-mor e suposto amante da rainha Maria de Portugal, casada com o Rei espanhol Afonso XI. 
    Leonor de Teles já era casada, mas foi anulado porque D. Fernando I quis casar com a amante D. Leonor de Teles. Rompendo, assim, o noivado com a filha do Rei de Castela.

    A rainha D. Leonor de Teles é considerada uma mulher perversa e sem escrúpulos que prometeu ao príncipe infante D. João, filho de Pedro I e Inês de Castro, casado com a sua irmã D. Maria Teles, a mão de sua filha, a infanta D. Beatriz, ficando portanto herdeiro do trono, mas teria que matar primeiro a sua mulher e irmã de D. Leonor de Teles. 
    D. João assim o fez, matando-a à punhalada e sob o pretexto de mau comportamento. 
    Mas D. Leonor Teles não cumpre o prometido e casa a filha com D. João I rei de Castela e o infante assassino teve que fugir de Portugal. 

    D. Fernando promulgou a Lei das Sesmarias, a 28 de Maio de 1375, com o objectivo de estimular a produção agrícola e diminuir o despovoamento rural, para combater a crise económica que ocorria há algumas décadas por toda a Europa e que a peste negra agravou.

    D. Fernando foi cognominado de “O Formoso” pela sua beleza e distinta figura.

    Morreu aos 38 anos, de tuberculose, a 22 de  Outubro de  1383. Deixando a sua única filha sem descendência e casada com o rei de Castela.
     
    Descendência: 

    Ilegítimos, antes do casamento
    1. Isabel, Senhora de Viseu (seria mãe de D. Constança de Noronha, que veio a ser esposa de D. Afonso, conde de Barcelos, filho ilegítimo de D. João I e mais tarde 1º Duque de Bragança).
    Da sua esposa Leonor de Teles
    1. Beatriz -  pretendente ao trono do pai, casada com o rei D. Juan I de Castela
    2. Um filho falecido quatro dias após nascer
    3. Uma filha que morreu à nascença


    - Dinastia de Avis -

        "Quando o Rei D. Fernando I morre, em 1383, sem herdeiro masculino legitimo, a linhagem da dinastia de Borgonha chega ao fim. 

    A rainha Leonor Teles é nomeada regente em nome da filha Beatriz. Mas o marido de Beatriz, o Rei Juan I de Castela proclama-se rei de Portugal, quebrando o acordo de Salvaterra. 
    D. João, Mestre de Avis e irmão bastardo de D. Fernando I, é aclamado rei de Portugal, em Lisboa. 

    O resultado foi a crise de 1383-1385, um período de interregno, onde o caos político e social dominou. 
    João I de Portugal vence a Batalha de Aljubarrota contra o Rei de Castela. Preservando a independência de Portugal e estabelecendo a Casa de Avis.


    Idade Moderna - Descobrimentos


    10º Rei de Portugal de 1385 a 1433
        O Rei D. João I nasceu a 11 de Abril de 1357, em Lisboa. Torna-se rei aos 28 anos. Casa, aos 30 anos, em 1387, com D. Filipa de Lancaster, de 27 anos, filha do inglês D. João de Gante, Duque de Lancaster.

    D. João I dá inicio à exploração marítima e à descoberta de novas terras além mar. E começa por conquistar Ceuta, em 1415, uma importante cidade africana, por onde passavam rotas de ouro e especiarias.

    Foram, também,  no seu reinado, descobertas as ilhas da Madeira e Açores e dado inicio à sua povoação. Portugal ficaria, assim, completamente formado com os seus arquipélagos.

    O rei D. João I ordenou a construção do magnifico Mosteiro da Batalha, para cumprir a promessa feita à Nossa Senhora, que caso vencesse a Batalha de Aljubarrota, iria construir um monumento grandioso em sua honra - o Mosteiro de Santa Maria
    da Vitória.

    D. João I foi cognominado “O da Boa Memória” pela grata recordação que deixou em todos os portugueses. 

    Morreu aos 76 anos, a 14 de Agosto de 1433.

    Descendência:
    1. Branca de Portugal (morreu antes de 1 ano de idade)
    2. Afonso ( morreu com 10 anos)
    3. Duarte I de Portugal - herdeiro do trono 
    4. Pedro, Duque de Coimbra
    5. Henrique, O Navegador, Duque de Viseu
    6. Isabel de Portugal, Duquesa de Borgonha
    7. João, Condestável de Portugal
    8. Fernando, o Infante Santo 
    Ilegítimos da amante castelhana Inês Pires
    1. Afonso I, 8º Conde Barcelos e primeiro Duque de Bragança, casou com D. Beatriz, filha de D. Nuno Álvares Pereira. 
    2. Beatriz, Condessa de Arundel,  


    11º Rei de Portugal de 1433 a 1438
        O Rei D. Duarte I nasceu a 31 de  Outubro de  1391, em Viseu. Tornou-se rei aos 42 anos e casa, em 1433, com D. Leonor de Aragão, de 31 anos, filha do Rei Fernando I, de Aragão.

    No seu reinado Gil Eanes dobra o Cabo Bojador.

    O seu sobrinho D. Henrique, o Navegador comandou uma expedição militar ao Norte de África, em 1437, com o objectivo de tomar Tânger, na qual foi, também o seu sobrinho mais novo e irmão mais novo do Infante Navegador, D. Fernando, que acabaria por ficar refém dos marroquinos, na condição de Portugal devolver Ceuta. 
    As negociações foram lentas, e, em 1438, terá partido de Lisboa um embaixador para tratar dos pormenores da entrega de Ceuta. Porém, o navio terá sido atacado por piratas genoveses, causando a morte do embaixador. Este acidente inesperado atrasou as negociações, e entretanto chegaram as notícias da morte do Infante em Fez.

    O seu cognome era “O Eloquente” pelo seu grande amor às letras.

    Morreu aos 47 anos de peste, a 9 de Setembro de 1438.

    Descendência:
    1. João de Portugal (morreu jovem)
    2. Filipa de Portugal (morreu jovem)
    3. Afonso V de Portugal - herdeiro do trono
    4. Maria de Portugal (nascida e morta)
    5. Fernando, Duque de Viseu - pai do rei D. Manuel I 
    6. Leonor, Imperatriz do Império Sacro Romano-Germânico
    7. Duarte de Portugal (nascido e morto)
    8. Catarina de Portugal(morreu jovem)
    9. Joana, Rainha de Castela - mãe de D. Joana de Trastâmara ou Joana, a Beltraneja que casaria com o tio e rei D. Afonso V.
    Ilegítimo:

    João Manoel, Bispo de Ceuta e depois Bispo de Guarda (da nobre castelhana Joana Manoel de Vilhena)



    12º Rei de Portugal de 1438 a 1481
        O Rei D. Afonso V nasceu a 15 de Janeiro de 1432, em Sintra. Tornou-se rei aos 6 anos e casa, aos 15 anos, em 1447, com a sua prima em 1º grau, D. Isabel de Coimbra ou Avis, de 15 anos, filha de D. Pedro de Portugal, 1.º Duque de Coimbra. Que servia regência para D. Afonso V, que tinha apenas 6 anos.
    A Rainha morre aos 23 anos, em 1455. 
     
    Em 1475, o Rei Afonso V, aos 43 anos, casa com a sua sobrinha D. Juana de Trastâmara, de 13 anos, filha de D. Henrique IV, Rei de Castela e Leão, já com intenções de tomar os reinos de Castela e Leão, uma vez que o rei Henrique IV, e pai da sua esposa D. Joana havia morrido no ano anterior, 1474, sem deixar descendência de varão. Mas a irmã do defunto rei, D. Isabel, casada com o rei D.. Fernando de Aragão, também quer o trono. O que leva à Batalha do Toro, em que a ala direita em que ia D. Afonso V é derrotada e retira-se e a ala esquerda, do seu filho D. João II, vence. 
    Apesar do desfecho inconclusívo da Batalha do Toro, de 1476, o rei de Aragão difunde por todo o reino que foi o grande vitorioso. D. Afonso V perdeu gradualmente os apoios e aceitou renunciar à coroa de Castela.

    Dois anos depois, o Papa Sisto IV anularia o casamento, com D. Juana, por consanguinidade, que nunca havia sido consumado.

    O cognome de D. Afonso é “O Africano” pelas suas conquistas no norte de  África: Alcácer Quibir (1458), Tânger (1471), Arzila(1471) e Larache.

    Morreu aos 49 anos, a 28 de Agosto de 1481.

    Teve, apenas, descendência do seu primeiro casamento:
    1. João de Portugal (falecido pouco depois de nascer)
    2. Santa Joana, Princesa de Portugal
    3. João II - Herdeiro do trono




    13º Rei  de Portugal de 1481 a 1495
        O Rei D. João II nasceu a 3 de Maio de 1455, em Lisboa. Tornou-se rei aos 26 anos e casou, em 1481, com a prima co-irmã D. Leonor de Avis, de 23 anos, filha de D. Fernando, Duque de Viseu.

    No século 15, final da Idade Média,  rei D. João II domina os senhores feudais e toma o poder absoluto de Portugal.

    Negociou o Tratado de Tordesilhas  com a Coroa espanhola, em 1494.

    Foi durante o seu reinado que Diogo Cão explorou regiões e rios da, então, desconhecida África e que Bartolomeu Dias dobrou o Cabo das Tormentas.

    A D. João II deram o cognome de “O Príncipe Perfeito” pelo talento e lucidez com que conduziu o seu governo. 

    Morreu aos  40 anos, de nefrite, a 25 de Outubro de 1495.

    Descendência:
    1. Afonso de Portugal herdeiro da coroa (morreu aos 16 anos, em 1491)
    2.  (natimorto)
    Ilegítimo
    1. Jorge de Lancastre, 2.º Duque de Coimbra (da fidalga Ana Furtado de Mendonça)

    D. Manuel, filho de Fernando - Duque de Viseu, ascendeu ao trono após a morte de seu primo, o rei João II, que não conseguiu legitimar o seu filho Jorge de Lancastre e por isso, nomeia o sobrinho Manuel, como seu sucessor. 



    Idade Moderna


    14º Rei de Portugal de 1495 a 1521
        O Rei D. Manuel I nasceu a 31 de Maio de 1469, em Alcochete. Tornou-se rei ao 26 anos e casa aos 27 anos, em 1496, com D. Isabel de Aragão, de 26 anos, filha do Rei Fernando II, de Aragão e viúva do herdeiro da coroa portuguesa, D. Afonso de Portugal, que morre aos 16 anos.  

    Para o casamento se realizar, a coroa espanhola impõe a condição da expulsão dos judeus de Portugal.  D. Manuel I aceita e a 5 de Dezembro de 1496 assina o decreto de expulsão ou conversão ao catolicismo dos judeus.

    D. Isabel morre 2 anos depois, em 1498 e o Rei D. Manuel I casa, aos 41 anos, em 1500, com a irmã da sua primeira mulher, D. Maria de Aragão e Castela, de 18 anos, que morre em 1517, aos 35 anos.

    Em 1518, aos 49 anos, D. Manuel I casa com D. Leonor de Áustria, de 20 anos, filha de Filipe I, Conde de Flandres, Duque de Brabante e de Borgonha e Rei de Castela e Leão. D. Leonor  fora primeiramente destinada ao seu filho.

    Foi durante o seu reinado que Vasco da Gama descobre o caminho marítimo pra a ndia; que Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil e Afonso de Albuquerque conquista Ormuz, Goa e Malaca.

    Foi nesta época de prosperidade que D. Manuel ordenou a construção do Mosteiro dos Jerónimos, Torre de Belém, Convento de Cristo no seu próprio estilo arquitectónico - o estilo Manuelino. 

    Deram-lhe o cognome “O Venturoso”, por ter sido sempre afortunado com os grandes descobrimentos no seu tempo. 

    Morreu aos 52 anos, de peste, a 13 de Dezembro de 1521.

    Descendência:

    Do seu primeiro casamento com Isabel de Aragão
    1. Miguel da Paz (morreu com 23 meses)

    Do seu segundo casamento com a sua cunhada Maria de Aragão:
    1. João III de Portugal - herdeiro do trono
    2. Isabel de Portugal, Rainha de Espanha e Imperatriz do Império sacro romano-germânico. Deste casamento viria a nascer o rei Filipe I, de Portugal
    3. Beatriz de Portugal, Duquesa de Sabóia 
    4. Luís, Duque de Beja - pai de António de Portugal, Prior do Crato 
    5. Fernando, Duque da Guarda e Senhor de Trancoso 
    6. Afonso, Cardeal de Portugal, Arcebispo de Évora e Lisboa
    7. Maria de Portugal (morreu com 2 anos)
    8. Henrique, Cardeal, Inquisidor Geral e Rei de Portugal de 1578 a 1580
    9. Duarte, Duque de Guimarães 
    10. António de Portugal (morreu com menos de dois meses de vida)

    Do seu terceiro casamento com Leonor da Áustria:
    1. Carlos de Portugal (morreu com 1 ano)
    2. Maria de Portugal, Duquesa de Viseu (Nunca se casou. Era a mulher mais rica da Europa)
    3. João III de Portugal



    15º Rei de Portugal de 1521 a 1557
        O rei D. João III, nasceu a 6 de Junho de 1502, em Lisboa. Tornou-se rei aos 19 anos. Casa, aos 23 anos, em 1525, com D. Catarina de Áustria, de 18 anos, filha do Rei D. Filipe I de Castela e Leão.

    No reinado de D. João III, em 1536 (séc.16), é instaurada a Inquisição portuguesa, para converter ao cristianismo as populações mouras e judaicas, que ficaram em território português e investigar as práticas religiosa desses novos-cristãos.

    Deram-lhe o cognome de “O Piedoso” por ser muito religioso.

    Morreu aos 55 anos, de trombose cerebral, a 11 de Junho de 1557.


    Descendência:

    Antes do casamento

    Ilegítimos
    1. Manuel de Portugal, natimorto (de Isabel Moniz)
    2. Duarte de Portugal, Arcebispo de Braga (de Isabel Moniz)
    3. Ana Chaves, enviada para a colónia São Tomé e Príncipe pelo pai (da judia Cezilia de Chaves)

    Da sua esposa Catarina de Áustria
    1. Afonso, Príncipe de Portugal (morreu com 2 meses)
    2. Maria Manuela de Portugal - casará com o futuro rei espanhol  D. Filipe I de Portugal.
    3. Isabel, Infanta de Portugal (morreu com 1 ano)
    4. Beatriz, Infanta de Portugal (morreu com 1 mês)
    5. Manuel, Príncipe de Portugal (morreu aos 6 anos)
    6. Filipe, Príncipe de Portugal (morreu aos 6 anos)
    7. Dinis, Infante de Portugal (morreu aos 2 anos)
    8. João Manuel, Príncipe de Portugal (morreu aos 17 anos). Deixou grávida a sua mulher, D. Joana da Áustria, que dias depois deu à luz o futuro rei Dom Sebastião de Portugal
    9. António, Infante de Portugal (morreu com 1 ano).




    16º Rei de Portugal de 1557 a 1578
     
      D. Sebastião de Portugal nasceu a 20 de Janeiro de 1554, em Lisboa.  Ascende ao trono, depois do seu avô, o Rei João III, morrer sem deixar um filho herdeiro legítimo. Tinha, apenas, 3 anos quando se tornou rei de Portugal. A sua avô Catarina de Áustria e depois o seu tio-avô Henrique servem como regentes ao menor Rei Sebastião. Aos 14 anos, em 1568, o Rei D. Sebastião assume o poder. 
    Em 1578, desaparece em combate, na Batalha de Alcácer-Quibir, em Marrocos. Deixando Portugal sem rei, nem herdeiros.

    Deram a D. Sebastião o cognome de “O Desejado”, simbolizando a esperança no seu regresso para a  restauração de Portugal.

    Terá morrido aos 24 anos, em 1578, em batalha, no norte de África.



    17º Rei de Portugal de 1578 a 1580
    O seu tio-avô, o Cardeal e Inquisidor Geral, D. Henrique, filho do Rei D. Duarte I, torna-se Rei de Portugal, aos 66 anos, em 1578. 
    Renuncia ao seus deveres da Igreja, para poder casar e dar continuidade à Casa de Avis. Mas o Papa Gregório XIII não autoriza. Reina durante 2 anos, até à sua morte, em 1580, sem puder deixar descendência.

    D. Henrique I foi cognominado de “O Casto”, por não poder casar, devido a ser eclesiástico.

    Nasceu a 31 de Janeiro de 1512, em  Almeirim e morreu aos 68 anos, de tuberculose, no dia do seu aniversário, a 31 de Janeiro de 1580.


    18º Rei de Portugal de 1580 a 1580
    Após a morte do rei D. Henrique I, o seu sobrinho, D. António I, filho ilegítimo de D. Luis, Duque de Beja, sobe ao trono, aos 49 anos, em Julho de 1580, mas não consegue mantê-lo. Perdendo-o, nesse mesmo ano, para seu primo e neto do rei D. Manuel I, Filipe II de Espanha, na batalha de Alcântara de 1580. 
    O que leva à perda da independência de Portugal para Espanha, com a União Ibérica.

    Nasceu a 1531, em  Lisboa e  morreu aos 64 anos, a 26 de Agosto de 1595, em  Paris.

    Não terá casado e não é conhecida descendência.


    - Dinastia Filipina -

        Começa o domínio espanhol da coroa portuguesa, que duraria 60 anos (1580-1640).


    19º Rei de Portugal de 1580 a 1598
        O Rei D. Filipe I de Portugal, nasceu a 21 de Março de 1527, em Valladolid. Era neto do Rei D. Manuel I, filho do Imperador do Império Sacro-Romano D. Carlos V (Casa real  Habsburgo) e rei de Espanha e filho da Imperatriz portuguesa D. Isabel de Portugal. 
     Casa aos 16 anos, em 1543, com a sua prima em 1º grau, D. Maria Manuela de Portugal, de 16 anos, filha do 15° Rei de Portugal João III. 2 anos depois, morreria devido ao parto do seu único filho.

    Em 1554, aos 27 anos, casa com a sua prima em 1º grau, D. Maria I da Inglaterra, de 38 anos, filha de D. Henrique VIII, Rei de Inglaterra (Tudor). Que, entretanto, morre, 2 anos depois, em 1558.

    Volta a casar, aos 32 anos, em 1559, desta vez, com a princesa  francesa D.Isabel de Valois, de 14 anos, filha do rei D. Henrique II da França. Que morre aos 23 anos, a 1568, no parto da última filha.

    O Rei volta a casar, aos 43  anos, em 1570, com a sua sobrinha D. Ana de Áustria, de 21 anos, filha de D. Maximiliano II, Imperador do império Sacro Romano-Germânico.

    Aos 53 anos, torna-se rei de  Portugal e é cognominado de “O Prudente”, pelas grandes promessas feitas nas cortes de Tomar, para conquistar a simpatia dos portugueses. 

    Morreu aos 71 anos, de gota, a 13 de Setembro de 1598.


    Descendência:

    Da primeira esposa D. Maria Manuela de Portugal:
    1. Carlos, Príncipe das Astúrias

    Da segunda esposa D. Maria I de Inglaterra não teve filhos.

    Da terceira esposa D. Isabel de Valois:
    1. Aborto espontâneo de gêmeas
    2. Isabel Clara Eugenia
    3. Catarina Micaela, Duquesa de Sabóia
    4. Joana (morreu poucas horas depois) 

    Da quarta e última esposa D. Ana da Áustria:
    1. Fernando, Príncipe das Astúrias (morreu aos 7 anos)
    2. Carlos Lourenço (morreu com 2 anos)
    3. Diego, Príncipe das Astúrias (morreu aos 7 anos)
    4. Filipe II de Espanha - Herdeiro do Trono
    5. Maria (morreu aos 3 anos)



    20º Rei de Portugal de 1598 a 1621
        O Rei D. Filipe II, nasceu a 14 de Abril de 1578, em Madrid. Torna-se rei de Portugal aos 20 anos, e casa aos 21 anos, em 1599, com D. Margarida de Áustria, de 15 anos, filha de D. Carlos II, Arquiduque da Áustria.

    D. Filipe II teve o cognome de “O Pio” pela sua religiosidade.

    Morreu aos 43 anos, a  31 de Março de 1621.


    Descendência:
    1. Ana, Rainha de França
    2. Maria (morreu um 1 após o nascimento)
    3. Filipe III de Espanha - herdeiro do trono
    4. Maria Ana, Imperatriz do Sacro Romano-Germânico
    5. Carlos 
    6. Fernando, Cardeal e comandante militar
    7. Margarida Francisca (morreu aos 7 anos)
    8. Afonso Maurício (morreu com 1 ano)



    21º Rei de Portugal de 1621 a 1640
        O Rei D. Filipe III nasceu a 8 de Abril de 1605, em Madrid. Casa, aos 10 anos, em 1615, com D. Isabel da França, de 13 anos, filha de D. Henrique IV, Rei de Navarra e de França. Torna-se rei de Portugal aos 16 anos.

    Os portugueses alcunharam-no de “O Opressor”. Neste reinado o domínio espanhol tornou-se violento.

    O seu reinado em Portugal termina em 1640, pelo que a sua descendência já não irá definir o próximo rei de Portugal.
    Morreu aos 60 anos, a 17 de Setembro de 1665.


    As invasões de colónias portuguesas pela Holanda, o aumento dos tributos aos portugueses para financiar as guerras espanholas com a França, revolta a população portuguesa. Entretanto, Filipe III aumenta os impostos aos comerciantes burgueses, e os cargos do governo são ocupados por espanhóis, retirando poder à nobreza portuguesa. 
    O acumulo de descontentamento origina a Guerra da Restauração Portuguesa- um golpe de estado organizado pela nobreza e pela burguesia, que invadem o Palácio Real e matam o secretário de Estado espanhol. 

    De seguida, proclamam a independência de Portugal e a 15 de Dezembro,  D. João, duque de Bragança, é aclamado rei de Portugal, dando início à quarta e última dinastia portuguesa: a dinastia de Bragança. 

    Espanha tenta recuperar Portugal e começa a Guerra da restauração que duraria 27 anos.




    - Dinastia de Bragança -


    22º Rei de Portugal de 1640 a 1656
        O Rei D. João IV nasceu a 19 de Março de 1604, em Vila Viçosa e era o oitavo Duque de Bragança. Filho do sétimo duque de Bragança D. Teodósio e D. Ana de Velasco.
    Casou, aos 29 anos, em 1633, com a espanhola D. Luísa de Gusmão, de 20 anos, filha de D. João Manuel Peres de Gusmão, duque de Medina-Sidónia, da alta nobreza de Andaluzia.

    D. João IV tornou-se rei de Portugal aos 36 anos e foi aclamado rei, com o cognome de “O Restaurador”, por ter restaurado a independência de Portugal.

    Durante o seu reinado expulsa os Holandeses das colónias portuguesas: Angola e Brasil.

    Morreu aos 52 anos, a 6 de Novembro de 1656.

    Descendência:

    1. Teodósio, Príncipe do Brasil - herdeiro do trono, mas morre aos 19 anos, em 1653
    2. Ana de Bragança (morreu com 1 dia)
    3. Joana, Princesa da Beira (morreu aos 17 anos)
    4. Catarina de Bragança, Rainha da Inglaterra e Escócia.
    5. Manuel de Bragança (morreu com 1 dia)
    6. Afonso VI de Portugal herdeiro do trono
    7. Pedro II de Portugal - herdeiro do trono
    Ilegítimos
    1. Maria de Bragança, freira carmelita



     23º Rei de Portugal de 1656 a 1683
     Após, o Rei D. Afonso VI nasceu a 21 de Agosto de 1643, em Lisboa e tornou-se rei aos 13 anos.  A sua mãe, D. Luísa de Gusmão assumiu a regência do reino.
    Após ter falhado a 3 casamentos de diferentes noivas, casa, finalmente, em 1666, aos 23 anos, com D. Maria Francisca de Sabóia, de 20 anos, filha do francês duque de Aumale e de Nemours, D. Carlos Amadeu de Sabóia-Nemours.

    Mas, em 1668, a Rainha D. Maria Francisca pede a anulação do casamento por não consumação, que é aceite por bula papal. 
    O Rei D. Afonso VI  sofreria de uma condição mental, devido a doença infantil e estava em causa a sucessão do trono de Portugal.

    Seguidamente, é deposto por decisão do Conselho de Estado e o seu irmão D. Pedro assume o governo do reino.

    D. Afonso VI teve o cognome de “O Vitorioso” devido às vitórias alcançadas na Guerra da Restauração.  O rei D. Afonso IV e o rei D. Carlos II de Espanha assinam um tratado de paz em 1688, que poria fim a 27 anos de guerra.


    Morreu aos 40 anos, de tuberculose, a 12 de Setembro de 1683, exilado em Sintra.


    Idade Contemporânea


    24º Rei de Portugal de 1683 a 1706
    O Rei D. Pedro II nasceu a 26 de Abril de 1648, em Lisboa. Casa aos 20 anos, em 1668, com a cunhada e ex-mulher do irmão Afonso VI, D. Maria Francisca de Sabóia, de 22 anos, filha do francês duque de Aumale e de Nemours, D. Carlos Amadeu de Saboia-Nemours.

    Aos 35 anos torna-se rei de Portugal.

    D. Maria Francisca morre, aos 37 anos, em 1683. E o rei, aos 39 anos, volta a casar, em 1687, com D. Maria Sofia de Neuburgo, de 21 anos, filha de D. Filipe Guilherme, Conde de Palatino e Neuburgo.

    Foi cognominado de “O Pacífico” por ter assinado o tratado de paz com a Espanha, em 1668, pondo termo à Guerra da Restauração.

    Morreu aos 58 anos, a 9 de Dezembro de 1706.


    Descendência:

    Do seu primeiro casamento com Maria Francisca de Sabóia
    1. Isabel Luísa Josefa, Princesa da Beira

    Do seu segundo casamento com Maria Sofia Isabel
    1. João de Bragança, Príncipe do Brasil - herdeiro da coroa, mas viria a morrer pouco mais de duas semanas.
    2. João V de Portugal - herdeiro do trono  
    3. Francisco, Duque de Beja
    4. António Francisco 
    5. Teresa (morreu com quase oito anos)
    6. Manuel Bartolomeu
    7. Francisca Josefa

    Ilegítimos
    1. Luísa de Bragança, Duquesa de Cadaval (de Maria da Cruz Mascarenhas)
    2. Miguel de Bragança, Duque de Lafões (da francesa Anne Marie Armande Pastré de Verger)
    3. José Carlos de Bragança, Arcebispo de Braga (de Francisca Clara da Silva)


    25º Rei de Portugal de 1706 a 1750

        O Rei D. João V nasceu a 22 de Outubro de 1689, em Lisboa. Torna-se rei aos 17 anos e casa-se aos 19 anos, em 1708, com D. Ana de Áustria, de 25 anos, filha do imperador D. Leopoldo I do Império Sacro Romano-Germânico.

    O magnifico Palácio-Convento de Mafra foi mandado construir por D. João V, para cumprir uma promessa feita pelo nascimento do seu primeiro filho varão.  Construiu, também, o Aqueduto das Águas Livres, a Real Academia de História, a maior biblioteca da Europa da época, na Universidade de Coimbra.

    D. João V foi cognominado de “O Magnânimo”, por, ao longo do seu reinado,  ter investido na educação, na cultura e na ciência.

    Morreu aos 61 anos, de epilepsia, a 31 de Julho de 1750.

    Descendência:
    1. Maria Bárbara de Bragança, Rainha de Espanha
    2. Pedro de Bragança, Príncipe do Brasil
    3. José I de Portugal - herdeiro do trono
    4. Carlos de Bragança
    5. Pedro III de Portugal - herdeiro do trono - casaria com D. Maria I
    6. Alexandre Francisco de Bragança (morreu aos 4 anos)
    Ilegítimos
    1. António de Bragança (de Luísa Inês Antónia Machado Monteiro)
    2. Gaspar de Bragança, Arcebispo de Braga (de Madalena Máxima de Miranda)
    3. José de Bragança,Inquisidor-mor(da freira Madre Paula de Odivelas 
    4. Maria Rita de Bragança, Freira (de Luísa Clara de Portugal)


    26º Rei de Portugal de 1750 a 1777
        O Rei D. José I nasceu a 6 de Junho de 1714, em Lisboa. Casa, aos 15 anos, em 1729, com D. Mariana Vitória de Bourbon, de 11 anos, filha do Rei D. Filipe V de Espanha. Torna-se rei aos 36 anos.

    D. José I teve o cognome de “O Reformador” devido às grandes reformas que se fizeram no seu reinado. Acabou com a escravatura em Portugal Continental e concedeu a liberdade aos índios do Brasil. Também acabou com distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos.

    O grande terramoto de 1755 aconteceu durante o seu reinado. D. José I nomeou Ministro o Marquês de Pombal que reconstruiria a capital portuguesa e outras regiões de Portugal ao estilo Pombalino.

    Na sequência do terramoto, este monarca ficou com fobia de edifícios e passou o resto da sua vida, a residir num complexo luxuoso de tendas, no Alto da Ajuda, em Lisboa.

    A 3 de Setembro de 1758 sofreu uma tentativa de regicídio. Depois de investigações levadas a cabo pelo Marquês de Pombal, a 13 de Janeiro de 1759, foram executados publicamente vários elementos da alta nobreza portuguesa, entre eles o Duque de Aveiro e o Marquês de Távora, como mandantes do atentado. Alegaram sempre inocência. Parece que o Marquês de Pombal apenas aproveitou para castigar a alta nobreza, que não o tolerava, e que ofensivamente o tratava por Sebastião José.

    Uma amante de D. José I era Teresa Leonor, mulher de Luís Bernardo, herdeiro da família de Távora.

    Morreu aos 63 anos, de trombose cerebral, a 24 de Fevereiro de 1777.

    Descendência:
    1. Maria I de Portugal - herdeira do trono
    2. Maria Ana de Bragança
    3. Maria Doroteia de Bragança
    4. Maria Benedita de Bragança, Princesa do Brasil


    Idade Contemporânea


    27º Rainha de Portugal de 1777 a 1815
        A Rainha D. Maria I de Portugal nasceu a 17 de Dezembro de 1734, em Lisboa. Casa, aos 26 anos, em 1760, com o tio D. Pedro III de Portugal, de 43 anos, irmão do seu pai, o rei D. José I. 

    Aos 43 anos torna-se rainha de Portugal, por não haver um descendente varão.

    Pela sua religiosidade, recebeu o cognome de “A Piedosa”.

    Criou a Casa Pia e a Lotaria, cujas receitas revertiam para o bem público. 

    O seu marido, o rei D. Pedro III ordenou a construção do rococó Palácio de Queluz, em 1747, antes de ascender ao trono.

    A monarca foi afastada do trono pela sua aparente insanidade. No entanto, D. Maria I, depois de perder o filho, durante o exílio no Brasil, desenvolveu todos os sintomas que, hoje, se associam a uma depressão profunda. 

    No seu reinado, foi assinado o Tratado de paz de Badajoz, em 1801, com a Espanha e a França de Napoleão, na sequência da Guerra das Laranjas (guerra travada em 1801, pela recusa portuguesa em aliar-se à França contra a Inglaterra e por estes pretenderem tomar e dividir Portugal entre eles).
    Portugal teve que renunciar Olivença, e teria que encerrar os portos aos navios ingleses, ceder territórios coloniais sul-americanos e pagar uma significativa indemnização. No entanto, Portugal não encerra os portos a Inglaterra e eclode a Guerra Peninsular, em 1807. O príncipe regente e a família real, embarcam para o Brasil, escoltados pela marinha inglesa.


    Morreu aos 82 anos, a 20 de Março de 1816.


    Descendência:
    1. José, Príncipe do Brasil - morreu antes de herdar o trono
    2. João de Bragança (morreu com 3 semanas)
    3. João VI de Portugal - herdeiro do trono
    4. Mariana Vitória de Portugal
    5. Maria Clementina de Bragança (morreu aos 2 anos)
    6. Maria Isabel de Bragança (morreu com 1 mês)



    28º Rei de Portugal de 1815 a 1826
       O Rei D. João VI nasceu a 13 de Maio de 1767, em  Queluz. Casa, aos 18 anos, em 1785, com D.Carlota Joaquina de Bourbon de 10 anos, filha do Rei Carlos IV da Espanha. O Casamento seria consumado aos 15 anos de Carlota.

    Aos 49 anos tornou-se rei e teve o cognome de “O Clemente” devido à sua bondade e disposição em perdoar.

    A Rainha D. Carlota era conhecida por ser intriguista e tornou-se impopular por conspirar com fidalgos para tomar o trono do marido, sem sucesso.

    D. João VI terá morrido envenenado, aos 59 anos, a 10 de Março de 1826, de acordo com investigações do ano 2000.


    Descendência:
    1. Maria Teresa,Condessa de Molina
    2. Francisco, Príncipe da Beira (morreu aos 6 anos)
    3. Maria Isabel de Portugal, Rainha de Espanha (ordenou a construção do Museus do Prado, o primeiro museu público da Península Ibérica)
    4. Pedro IV de Portugal - Herdeiro do trono
    5. Maria Francisca de Portugal, Condessa de Molina
    6. Isabel Maria de Portugal
    7. Miguel I de Portugal - Ascende ao trono
    8. Maria da Assunção de Portugal
    9. Ana de Portugal, Duquesa de Loulé



    29º Rei de Portugal de 1826 a 1826
       O Rei D. Pedro IV nasceu a 10 de Março de 1798, em Lisboa. Casa, aos 19 anos, em 1817, com D. Maria Leopoldina da Áustria, de 20 anos, filha de Francisco I da Áustria, Imperador do Império Sacro Romano-Germano. 

    Mas a sua esposa morre aos 29 anos, em 1826. E o rei, aos 31 anos, volta a casar, em 1829, com D. Amélia de Leuchtenberg, de 17 anos, filha de D. Eugénio de Beauharnais, Vice-Rei da Itália e Duque de Leuchtenberg.

    Quando os seus pais regressam a Portugal, deixam-no como regente do Brasil.

    Entretanto, o seu pai e rei de Portugal morre e D. Pedro IV abdica do trono português em favor da filha D. Maria II, com a condição de ela se casar com o seu tio D. Miguel e fazer o juramento da Carta Constitucional, para um Portugal mais liberal.

    Mas o seu irmão quebra o juramento e torna-se absolutista. Em 1831, D. Pedro IV abdica do trono brasileiro e volta a Portugal para derrubar o seu irmão do poder. Na realidade D. Pedro IV nunca chegou a reinar Portugal.

    Tornou-se rei aos 28 anos e foi cognominado de “O Libertador” porque derrotou o absolutismo defendido pelo irmão D. Miguel.

    Morreu aos 36 anos, de tuberculose, a  24 de  Setembro de 1834. 
    Antes da sua morte, ordenou que o seu coração fosse guardado na Igreja da Lapa, no Porto e o seu corpo junto com os restantes reis de Portugal, na igreja de S. Vicente de Fora, em Lisboa. 
    Em 1972, Brasil pede o seu corpo, por este ter sido o seu primeiro Imperador. O seu corpo foi entregue, mas o coração de D. Pedro IV permanece no Porto.


    Descendência:

    Com D. Maria Leopoldina da Áustria
    1. Maria II de Portugal - herdeira do trono
    2. Miguel de Portugal (morreu à nascença)
    3. João Carlos, Príncipe da Beira (morreu com 1 ano)
    4. Januária de Bragança, Condessa de Áquila
    5. Paula de Bragança (morreu aos 9 anos)
    6. Francisca de Bragança, Princesa de Joinville
    7. Pedro II, Imperador do Brasil
    Com D. Amélia de Leuchtenberg
    1. Maria Amélia de Bragança

    Ilegítimos

    da marquesa de Santos, D. Domitila de Castro Canto e Melo:
    1.Pedro de Alcântara (nado-morto)
    2.Isabel Maria de Alcântara,  Duquesa de Goiás
    3.Maria Isabel II Alcântara, condessa de Iguaçu 

    Com a francesa Noémi Thierry teve:
    4. Pedro, morreu na infância.

    Com Maria Benedita Bonfim, irmã da marquesa de Santos, teve:
    5.Rodrigo Delfim Pereira.

    Com a uruguaia María del Carmen García 
    6. criança nati morta.

    De sua amante francesa Clémence Saisset teve:
    7.Pedro de Alcântara.

    Com a monja portuguesa Ana Augusta 
    8. Pedro


                    30º Rei de Portugal de 1826 a 1834
    D. Miguel I, nasceu a 26 de Outubro de 1802, em Lisboa. Aos 24 anos casa com a sobrinha D. Maria II, de 7 anos, filha do seu irmão D. Pedro IV, em 1826 e torna-se rei de Portugal.

    Apoiado pela sua mãe D. Carlota Joaquina, D. Miguel torna-se um rei absolutista, faltando ao compromisso assumido com o seu irmão. 

    D. Pedro IV prepara a expedição militar que colocará a sua filha no trono. Dando início a uma guerra civil que se prolongaria até Maio de 1834, quando o rei D. Miguel I é expulso de Portugal e entra em vigor a Carta Constitucional. O casamento é anulado e D. Pedro IV morre quatro dias após o início do reinado de D. Maria II.

    O rei D. Miguel I teve o cognome de “O Absolutista” ou "O Tradicionalista" por apoiar uma monarquia absoluta.

    D. Miguel casa aos 49 anos, em 1851 com D. Adelaide de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg, filha de D. Constantino, Príncipe Herdeiro de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg.

    Morreu aos 64 anos, a 14 de Novembro de 1866, na  Áustria.


    Descendência:


    Antes do casamento

    de D. Antónia Francisca Ribeiro do Carmo(nobre portuguesa)
    1. Maria da Assunção de Bragança, Princesa Real de Portugal

    de mãe de identidade desconhecida
    1. Maria de Jesus de Bragança, Infanta de Portugal

    do casamento com  D. Adelaide de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg:
    1. Maria das Neves de Bragança, Duquesa de São Jaime
    2. Miguel Januário de Bragança, Duque de Bragança
    3. Maria Teresa de Bragança, Arquiduquesa de Áustria
    4. Maria José de Bragança, Duquesa da Baviera
    5. Aldegundes de Bragança, Condessa de Bardi
    6. Maria Ana de Bragança, Grão-Duquesa do Luxemburgo
    7. Maria Antónia de Bragança, Duquesa de Parma




    31º Rainha de Portugal de 1826 a 1853
        A Rainha D. Maria II nasceu a 4 Abril de 1819, no Rio de Janeiro, que na época era colónia portuguesa. 

    Torna-se rainha aos 7 anos e casa em 1826 com o seu tio D. Miguel de Bragança, irmão do seu falecido pai, de 24 anos. Que se tornaria rei de Portugal entre 1826 e 1834, data em que o casamento é anulado.

    Depois de uma guerra civil, assumiu o trono aos 15 anos e passou a gerir as constantes rivalidades políticas. Foi a primeira rainha constitucional de Portugal.

    Em 1835, aos 16 anos, casa com D. Augusto de Leuchtenberg, de 25 anos, filho de D. Eugênio, Duque de Leuchtenberg e Vice-rei de Itália. Mas este morre 2 meses depois.

    Volta a casar, aos 17 anos, em 1836, com o austríaco D. Fernando de Saxe Coburgo-Gotha, de 20 anos, filho de D. Fernando, Príncipe de Saxe-Coburgo-Gota, que iniciou a construção do Palácio da Pena, em 1839.

    D. Maria II foi cognominada de “A Educadora” pela ênfase que deu à formação dos futuros príncipes. Dois dos seus 11 filhos foram reis.

    Morreu aos 34 anos, durante o seu último parto, a 15 de Novembro de 1853.

    O viuvo D. Fernando II acabaria por casar, em 1869, com a suíça actriz, cantora e mãe solteira Elise Hensler, algo que escandalizou a sociedade da época. Na década de 60/70, teve oportunidade de assumir o trono espanhol, que recusou. 

    Terá recusado o trono de Espanha por considerar Portugal a sua segunda pátria e para não querer por em causa a independência de Portugal.


    Descendência:

    De D. Fernando de Saxe-Coburgo-Koháry teve 11 filhos e acabou por morrer no seu último parto. 

    1. Pedro V de Portugal - herdeiro do trono
    2. Luís I de Portugal - herdeiro ao trono
    3. Maria de Portugal - natimorto 
    4. João, Duque de Beja
    5. Maria Ana de Portugal, Princesa da Saxônia 
    6. Antónia de Portugal, Princesa de Hohenzollern-Sigmaringen 
    7. Fernando de Portugal - Tenente
    8. Augusto, Duque de Coimbra
    9. Leopoldo de Portugal - natimorto 
    10. Maria da Glória de Portugal - natimorto 
    11. Eugénio de Portugal - natimorto 



    32º Rei de Portugal de 1853 a 1861
        O Rei D. Pedro V, nasceu a 16 de Setembro de 1837, em Lisboa. Torna-se rei aos 16 anos e casa, aos 21 anos, em 1858, com D. Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen, de 21 anos, filha de D. Carlos Antônio, Príncipe de Hohenzollern. 

    D. Estefânia fundou em conjunto com D. Pedro V diversos hospitais e instituições de caridade.

    Apesar de terem demonstrado estar apaixonados, ambos eram muito reservados e aos 22 anos, a rainha morreu de angina diftérica, virgem.

    Deram a este rei o cognome de “O Esperançoso” devido à grande esperança que  os Portugueses depositaram nele.

    O Rei D. Pedro V morre aos 24 anos, de febre tifóide, a 11 de Novembro de  1861, sem deixar descendência. O seu irmão D. Luís I ascende ao trono.



    33º Rei de Portugal de 1861 a 1889
        O Rei D. Luís I nasceu a 31 de Outubro de 1838, em Lisboa. Torna-se rei aos 23 anos e casa, aos 24 anos, em 1862, com D. Maria Pia de Sabóia, de 15 anos, filha de  D. Vítor Emanuel II da Itália, Rei de Itália.

    A Rainha D. Maria Pia ficou conhecida como o Anjo da Caridade e a Mãe dos Pobres pela sua compaixão e causas sociais.

    Teve cognome de “O Popular” pela maneira como convivia com todos os Portugueses. Muito culto e bondoso.

    Morreu aos 51 anos, a 19 de Outubro de 1889.

    Descendência: 
    1. D. Carlos I - herdeiro do trono 
    2. D. Afonso de Bragança, Duque do Porto 


    34º Rei de Portugal de 1889 a 1908
        O Rei D. Carlos I nasceu a  28 de Setembro de 1863, em Lisboa.  Casa, aos 23 anos, em 1886,  com D. Amélia de Orleães, de 21 anos, filha de D. Luís Filipe, Conde de Paris. Torna-se rei aos 26 anos.


     A 1 de Fevereiro de 1908, o Rei D. Carlos I é assassinado, aos 45 anos, juntamente com o seu filho D: Luís Filipe, herdeiro do trono, em Lisboa.

    O filho mais novo do Rei D. Carlos I, ascende ao trono  - D. Manuel II.

    Foi cognominado de “O Diplomata" e "O Martirizado”, porque soube prestigiar o nome de Portugal e por ser vítima de regicido.

    Descendência: 

    D. Luís Filipe, herdeiro ao trono
    D. Maria Ana de Bragança, Infanta de Portugal (1887)
    D. Manuel II - herdeiro ao trono 

    Ilegítimos 
    1. de uma americana terá tido uma filha
    2. Maria Pia (de Grimaneza Viana de Lima)
    3. Maria Pia de Saxe-Coburgo e Bragança (de Maria Amélia Laredó e Murça)


    35º Rei de Portugal de 1908 a 1910
        O último Rei de Portugal é D. Manuel II, nasceu a 15 de Novembro de 1889, em Lisboa. Torna-se rei aos 19 anos e casa, aos 24 anos, em 1913, com a prima D. Augusta Vitória de Hohenzollern-Sigmaringen, de 23 anos, filha de D. Guilherme, Príncipe de Hohenzollern.

    Entretanto, começa uma revolução a 5 de Outubro de 1910 e é proclamada a República. O Rei exila-se com a sua esposa e com a sua mãe na Inglaterra, terra natal da sua mãe.

    Foi cognominado de “O Patriota" ou "O Desventurado” devido ao seu amor à Pátria e à fraca sorte que teve no seu reinado. 

    Morreu aos 43 anos, de edema da laringe, a 2 de Julho de 1932.

    Não terá tido descendência.



    O sucessor monarca ao trono de Portugal, seria D. Duarte Pio, Duque de Bragança, por parte de D. Miguel I.




    Nota: Os casamentos reais tinham como objectivo alianças entre reinos e eram uma forma de tentar tomar o trono do outro reino, em caso de crise de sucessão.




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