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História da Europa - Idade Média - Resumo

Passada a Pré-História, começa a História.


A História divide-se em 4 Períodos Históricos:

  • Idade Antiga (século 8 A.C. a séc. 5 D.C.)
  • Idade Média ou Medieval (séc. 5 a séc. 15)
  • Idade Moderna ( séc. 15 a séc. 18)
  • Idade Contemporânea (séc. 18 a séc. 21)



A Idade Média na Europa


Alta Idade Média - Séc. 5 a Séc.10

  • Queda e Desintegração do Império Romano Ocidental
  • Ruralismo da Europa
  • Feudalismo - Fragmentação do Poder (Senhores Feudais)
  • Transição de Escravismo para Servidão
  • Cristianização da Europa
  • Centralização do Poder da Igreja, na Europa
  • Invasão Muçulmana da Península Ibérica


Baixa Idade Média - Séc. 11 a 15

  • Peste Negra
  • Cruzadas e Templários
  • Reconquista Cristã da Ibéria
  • Ressurgimento Comercial e Urbano
  • Aparecimento da Burguesia
  • Formação das Monarquias Europeias
  • O Declínio do Feudalismo 
  • Inicio do Humanismo e Renascimento



Alta Idade Média - Séc. 5 a Séc.10


Queda do Império Romano Ocidental e Desfragmentação

Na sequência das constantes invasões dos povos germânicos e outros povos, as principais cidades da Antiga Roma são destruídas e muitas pessoas procuram refúgio nos campos. 

A Antiga Roma perde os territórios na Europa e vários reinos e condados independentes são formados. Líderes tribais, politicos e militares tornam-se reis e governantes. 

Entre esses reinos medievais, os dos povos: 

  • Anglos, Saxões, Bretões, Jutos ( Onde se formaria a Inglaterra e outros);
  • Burgúndios (Onde se formaria a Suiça, Luxemburgo, outros);
  • Ostrogodos (Onde se formaria a Itália, Austria, outros);
  • Visigodos, Suevos, Bascos (Onde se formaria Portugal, Espanha e Andorra) ; 
  • Francos (Onde se formaria  a França, a Alemanha, a Holanda, a Bélgica e outros). Os Francos foram o povo mais poderoso. Onde terá começado o Feudalismo. Carlos Magno (Charlesmagne) foi o rei mais influente de toda a Europa.
Imagem Pinterest

O Feudalismo

Com as frequentes guerras civis e invasões de povos vizinhos e estrangeiros.  Os reis concedem terras aos seus cavaleiros nobres em troca de vassalagem, ou seja, de apoio militar, de pagamento de imposto(1) e de lealdade. Os reis não tinham grandes exércitos permanentes. O poder do reis dependia das suas alianças com os nobres e vassalos. E, mais tarde, é restringido e submetido à autoridade do clero.

Muitos destes vassalos têm os seus próprios vassalos [nobres inferiores (cavaleiros) ou membros da familia]. 

Estes nobres (Senhores Feudais) ocupam as terras (Feudo) e conheçam a exercer poder sobre as pessoas que nelas vivem: os camponeses e os servos.

Os camponeses possuíam pequenas terras e em troca de protecção, trabalhavam arduamente na agricultura e pagavam altos impostos aos senhores feudais, em dinheiro, mas geralmente em géneros(2).

Os servos (trabalhores não livres) não tinham terras e para terem onde viver, comer e protecção, trabalhavam exaustivamente na casa do senhor feudal, na agricultura, tratavam dos animais e faziam manutenções.

A sua vida e das suas familias eram dedicadas ao senhor  feudal e ao feudo. A servidão era transmitida de pai para filho.

Os senhores constroem castelos imponentes, nas suas terras, de estilo Românico, onde se desenvolvem aldeias à volta (feudo). 

Cada feudo tinha a sua própria organização, regras, leis, exército, cultura e os seus próprios meios de subsistência(3), que era, principalmente, a agricultura 

Nesta época,  riqueza e poder era possuír terras e controlar os meios de produção.

Assim, surge o Feudalismo na Europa Medieval - a forma de vida durante os 1000 anos que durou a Idade Média.


A Sociedade Medieval era organizada:

  • no topo pelo Rei, que era o dono das terras e "governava";
  • a seguir pela Nobreza, cujo dever era a defensa militar; 
  • depois o Clero (Igreja) que zelava e rezava pela espiritualidade de todos;
  • e na base, a maioria da população, os Plebeus (Camponeses, Servos e Artesãos), que trabalhavam para todos os outros.

A condição social de cada pessoa, dependia do seu nascimento e não era possível alterar. Uma vez nascido servo, servo para toda a vida. Assim como os seus filhos. O mesmo acontecia com a realeza e nobreza, os títulos eram hereditários.




A Igreja Medieval

Após a crucificação de Jesus na Judeia, os seus seguidores são perseguidos na Europa, até o imperador Constantino, do Império Romano do Ocidente, permitir essa religião. Torna-se a religião oficial do Império Romano.

A partir daí, o Cristianismo(4) começa a extender-se por toda a Europa.

A Igreja Católica Apostólica Romana(5) começa a controlar moralmente os comportamentos e espiritualmente as mentalidades da população, desde o nascimento à  morte.

Incutindo que a Igreja era a intermediária entre os crentes e Deus, e que a salvação do Inferno só seria alcançada através dos sacramentos(6). Muitos cobrados, como o baptismo, casamento e funeral. 

A Igreja vive de uma taxa, que era uma percentagem sobre os lucros mensais de cada pessoa. Era responsabilidade de toda a sociedade medieval sustentar o Clero. E este era isento de pagar impostos ao rei.

Os reis e nobres de, todos os reinos da Europa, ao converterem-se, vão doando terras ao clero. A Igreja torna-se proprietária de uma grande extensão de terras e o clero passa a ser, também, senhor feudal.

O rei Pepin III, do reinado Franco, doa o centro da actual Itália ao Papa, que seria o inicio do actual Estado da Igreja Católica - o Vaticano.

Rapidamente,  a Igreja enriquece. 

Nesta altura são construidas numerosas igrejas, catedrais, mosteiros e abadias em estilos arquitectónicos Romanesco( séc 5 a 10) e Gótico( séc 11 a 15).

Dada a sua riqueza e domínio sobre toda a massa populacional, a Igreja passa a exercer influência política e económica sobre os governantes e reis. 

A Igreja Católica torna-se, assim, a instituição mais poderosa e influente do Período Medieval. E o Papa (7) a figura central.


Invasão Muçulmana da Península Ibérica e Início da Reconquista

Entretanto, uma nova religião surge na Península Arábica(8) - o Islamismo(9) - e começa a expandir-se rapidamente e a islamizar(10) e arabizar(11) os novos territórios

Ocupa territórios na Ásia (incluído Jerusalém), Norte de África, partes da Europa e começa a dominar o comércio no Mar Mediterrâneo. 

Depois de 600 anos de domínio romano sob a Ibéria, os muçulmanos entram pelo estreito de Gibraltar, para a actual Espanha. O rei Visigodo perde a Batalha de Guadalete e começa a ocupação muçulmana da Península Ibérica, no séc. 8. Mas os povos Visigodos contra-atacam - vencendo a Batalha de Convadonga e marcando o inicio da Reconquista.



Baixa Idade Média - Séc. 11 a 15


A Peste Negra

As sociedades medievais foram assoladas por muitas epidemias, mas a mais devastadora foi a Peste Negra, que no século 14, dizimiu quase um terço da população, da Europa. Mais de 25 milhões de pessoas em, aproximadamente, 7 anos, dependendo da zona da Europa.

Pensa-se que esta doença altamente contagiosa, tenha tido origem na Ásia central, causada por uma praga de ratos que carregavam pulgas infectadas, trazidos por embarcações, para a Europa. As condições precárias em que a população vivia, facilitou à sua propagação.

As vitimas da peste que não recuperavam era consideradas cometedoras de algum pecado e que estariam a sofrer a ira de Deus. 

A peste, também, afectou o gado e com pouca mão-de-obra, os cultivos começam-se a perder. O que levou a uma escassez de alimentos e à ruina de muitos senhores feudais. Os senhores negoceiam melhores condições com os trabalhadores. A fome piora nesta altura.

As populações medievais culparam os Judeus, "os Assassinos de Cristo" pela Peste Negra. Acreditavam que estes sacrificavam crianças cristãs e espalhavam o seu sangue ao redor das cidades para provocar a peste, e que envenenavam os poços de água. Comunidades judaicas foram exterminadas em várias partes da Europa.

Os funcionários dos portos, das cidades, começaram a colocar em isolamento (quarentena) os marinheiros que chegavam de barco, até se perceber se estavam infectados, para evitar mais contágio. E assim desapareceu a peste negra na Europa.



As Cruzadas

Como forma de combater a rápida expansão islâmica e recuperar a Terra Santa(12), o Papa convoca os cristãos europeus para formar um exército militar cristão.  Muitos reinos aceitaram. Assim, começam as Cruzadas - as Guerras Religiosas.

Durante estas nove expedições, o comércio começa a reavivar, com os produtos trazidos do Oriente, como: especiarias, porcelana chinesa, tapetes persas, seda.

Durante a segunda Cruzada, Jerusalém é tomada, pelos exércitos cristãos. 20 anos depois, é fundada, na França e Borgonha, a Ordem do Templários

Uma irmandade que fizera votos monásticos(13), que vivia em comunidade fechada, sediada em Jerusalém e fora criada com o objectivo de proteger a Terra Santa e os europeus cristãos em peregrinação a Jerusalém. Além disso, dedicavam-se à caridade, a tratar feridos e mais tarde a defendar os estados cristãos em Jerusalém.

Esta ordem passa a ser reconhecida pelo Papa e torna-se a ordem militar de cavalaria da Igreja católica e a elite das Cruzadas. 

Várias ordens de Templários são fundadas na Europa e participam em batalhas contra os muçulmanos, nomeadamente na Reconquista.

Com a queda de Jerusalém, os Templários são perseguidos pelo rei Philippe IV de França. Os cavaleiros são presos, torturados e queimados na fogueria, pela Inquisição. Extinguindo-se, assim, a Ordem dos Templários.

Em Portugal, o desfeicho foi muito diferente. O rei D. Dinis extinguiu a Ordem dos Templários, mas manteve os Cavaleiros e os seus bens, que eram uma ajuda militar preciosa na Reconquista. Apenas renomeou para a Ordem de Cristo, sendo o Convento de Cristo a sua sede, em Portugal.


A Inquisição

Como forma de continuar a combater o Catarismo (14) que se espalhava rapidamernte pela Europa, com mais expressão na França e Itália; converter novos católicos e punir os hereges(15), o Papa italiano Gregorius IX estabelece a Inquisição ou Tribunal da Santa Fé, no séc. 13.

Deste forma, a Igreja conseguia, mais efectivamente, manter o seu domínio sobre a Europa. Evitando que novas ideias, relgiões ou criticas à Igreja se divulgassem.

Os Inquisidores  interrogavam os "pecadores", muitas vezes através de torturas violentas e cruéis, até confessarem. Após a confissão, eram condenados a chicotadas, prisão,  morte na fogueira, entre outros. 

A inquisição começou na França e depois espalhou-se pela Europa (Itália, Polónia, Alemanha, Hungria, República Checa Espanha, Portugal, outros). 

A sua actividade intensifica-se com a perseguição europeia ao protestantismo, na Idade Moderna. Mais sobre a Inquisição aqui.



A Reconquista Cristã da Península Ibérica

No séc. 11, os reinos ibéricos foram crescendo e unindo-se e começam a lutar organizados. Formando os reinos de Castela, Leão, Navarra e Aragão.

No séc. 13, em 1248, passados 500 anos de guerras sangrentas, vencendo e perdendo batalhas, com a ajuda das Cruzadas, Templários e de cavaleiros europeus (nomeadamente francos), toda a Ibéria é reconquistada. Faltando, apenas, Granada, no sul da actual Espanha, que só seria recuperada 244  anos depois, em 1492.

O reino de Portugal foi fundado, durante o processo da Reconquista, no séc 12, em 1128, pelo rei D. Afonso Henriques. Tendo sido oficializado em 1143, pelo Tratado de Zamora. 

O ínicio da formação do reino de Espanha começa durante a Reconquista, em 1469, com o casamento politico de rei Fernando II de Aragão e a rainha Isabella I de Castela e Leão. Apesar da aliança, ambos os reinos continuan a ter governos autónomos.

A Reconquista é considerada a guerra mais longa de toda a História.


Formação das Monarquias Europeias

Apartir da metade do século 15 até ao meio do séc 16, vários reinos  independentes são unidos e formam novas monarquias. Como Portugal, França, Espanha, Inglaterra, Suécia e Prússia.

Aos poucos, os reis começam a conquistar poder. A controlar guerras civis, a aumentar e a financiar os seus exércitos (deixando de depender dos nobres e dos vassalos), a liderar os exércitos nas guerras, e a encorajar o comércio e o crescimento económico do reino. O que enfraquece a nobreza (senhores feudais) e o sistema de governação da Idade Média - o Feudalismo.

O poder começa a centralizar-se, no rei.


O Declínio do Feudalismo 

Entretanto, a agricultura torna-se mais eficiente e produtiva com as novas inovações: o arado e a rotação de cultivos. Passa a haver mais fornecimento de alimentos. Consequentemente, a população aumenta.

Agora, com as novas inovações da agricultura,  já não são necesssários tantos trabalhadores e estes voltam para as cidades, aliciados por novas oportunidades no comércio que prosperáva. Dando origem a novas cidades. 

Comerciantes das cidades (burgos), que se dedicam ao negócio de produtos orientais, nas feiras, tornam-se independentes do sistema feudal. Retirando, desta forma, poder aos Senhores Feudais. Surge uma nova classe social: A Burguesia. 

Os negócios aumentam e a moeda volta a ser uma necessidade. E o seu uso começa a ser mais frequente. Começa-se a vislumbrar o Capitalismo.

A posse de terras, que dáva o poder aos senhores feudais, deixam de ser sinónimo de riqueza e quem tem mais dinheiro passa a ser considerado rico. 

A invenção de máquina de impressão de metal móvel, pelo alemão Johannes Gutenberg, em 1439,  foi uma das mais importantes invenções da História

Além de  tornar os livros e jornais mais acessíveis a toda a população que tem, agora, mais facilidade de aprender, revoluciona a difusão de conhecimento e irá potencializar mudanças em todas as áreas da sociedade europeia, que começam com movimentos surgidos na Itália, nos finais da Idade Média: O Humanismo e o Renascimento.

Estes movimentos desafiam a religião e a sociedade feudal, incitarando-a ao conhecimento, à educação, à filosofia, às artes clássicas, literatura e à ciência. 

Por via da máquina de impressão, estas ideias começam a espalhar-se por toda a Europa, fortificando-se e abrindo caminho para a Idade Moderna, onde atingem o seu apogeu.






Outros Acontecimentos que marcaram a Idade Média


As Primeiras Universidades, séc. 11 e 12 - Com o aumento da população e o crescimento das cidades, aparece, no final do séc. 11, a primeira universidade em Bolonha, em Itália. No ínicio do séc. 12 é criada a segunda universidade, a de Oxford, na Inglaterra. Onde é divulgado o Humanismo. Depois surge a de Paris, na França.


Carta Magna, séc. 13 - Foi um documento assinado pelo rei John de Inglaterra, em que prometia a protecção dos direitos da Igreja, protecção contra prisão ilegal, acesso rápido à justiça e limitações de impostos feudais à Coroa. Estes direitos foram reclamados pelos barões poderosos do reino. Esta carta tornou-se um simbolo de justiça.


Canhões e armas de fogo, séc. 14 - São introduzidas na Europa no séc. 14. Inventados na China, logo depois de criarem a pólvora, no séc 9. Os árabes e coreanos também tiveram acesso no séc. 14.


A Grande Cisma do Ocidente, séc. 14 - Crise religiosa da Igreja Católica que aconteceu quando foi feita a anulação da eleição do Papa italiano Urbano VI, por ter desagradado aos cardeiais e foi feita nova eleição do Papa Clemente VII, que se estabeleceu em Avinhão, na França.

O Papa Urbano VI, em Roma, não aceitou. O Papa de Roma e o Papa em Avinhão ambos reclamavam o poder papal. Tentando acabar com a Grande Cisma, os cardinais depostam os outros Papas e elegem novo Papa Alexandre V. Agravando a situação. 

Começando uma crise de poder na Igreja medieval, que durou 40 anos. Depois de uma série de anulações e eleições papais, a Cisma Papal  termina com a eleição do Papa Martinho V, que unifica novamente a Igreja.


A Guerra dos 100 anos, séc.14 - Foram uma série de batalhas entre Ingleses e franceses pelo trono de França e pelo comércio próspero de Flandres (já usando canhões e armas de fogo).

Após o rei de França morrer sem deixar descendência masculina, o rei Edward III, de Inglaterra, exige o trono francês por ter parentesco na monarquia francesa. 

No final desta longa disputa, os franceses mantiveram as suas terras e o trono.


1ª Impressão da Biblia, séc.14 - As primeiras Biblias foram impressas, em latim(16), no final do séc. 14, pelo inventor da máquina de impressão móvel - Gutenberg. 



Personalidades Marcantes da Idade Média:

Carlos Magno/ Charlemagne (748-814) -  Foi o Rei dos Francos (768), Rei dos Lombardos(774) e coroado emperador de Roma, pelo Papa. Foi uma figura importante na Idade Média, por reunificar muitos dos fragmentados territórios do ex-Império romano - Império Carolíngio (derivado do nome do rei Carlos). Além disso, ele foi um grande impulssionador da Igreja  católica e patrocinador das artes, principalmente, na arquitectura.


Rei Richard, Coração de Leão (1157- 1199)Foi o líder militar da Terceira Cruzada a Jerusalém. Foi um rei guerreiro inglês que lutou ferozmente e corajosamente. Figura icónica de Inglaterra e França. 


Genghis Khan (1162-1227) - Foi um destemido guerreiro e lider mongol, conhecido pela sua brutalidade. Fundou o Império Mongol, na Ásia. O mais extenso império contíguo da História (Mongólia, Rússia, China, Ucrânia, Hungria, Polónia, Uzbequistão, Cazaquistão, Quiziquistão, Tibete, Coreia, Irão, Iraque, outros). 


Tomás/ Tommaso d' Aquino (1224-1274) - Padre e filósofo teólogo(17) italiano. Deixou várias obras, onde procura conciliar a fé cristã com a razão de Aristóteles. 


Marco Polo (1264-1324) - Comérciante italiano, cujos 24 anos de viagens documentadas pela China, através da rota da Seda, no séc 13,  trouxeram conhecimentos importantes sobre a Ásia, para a Europa, como: o dinheiro-papel, carvão, serviço postal e ocúlos.


Dante Alighieri (1265-1321) - Considerado o maior poeta italiano. Escreveu o famoso poema épico: A Divina Comédia. Que é considerado uma das mais importantes obras literárias de sempre. O poema está dividido em 3 secções, em que um homem visita o Inferno, o Purgatório e o Paraíso.


Giotto (1267-1337)  - Importante inovador pintor italiano que introduziu a perspectiva na pintura. Considerado como percursor do renacismento e humanismo, na pintura.


Petrarca (1304–1374) - Era um intelectual, poeta do Renascimento italiano e é considerado o fundador do Humanismo. Durante as suas viagens pela Europa, foi recolhendo vários manuscritos da Antiguidade, em latim, que traduziu, recuperando conhecimentos gregos e romanos da Antiguidade.


Jeanne d'Arc (1412- 1431) - Joana d´Arc foi uma heroína francesa, que liderou o exército francês a várias vitórias durante a Guerra dos 100 anos, da França contra a Inglaterra. Por usar roupas masculinas e ouvir vozes (anjo e santas) foi condenada, pela Inquisição inglesa, à fogueira, por heresia e bruxaria. Tinha 19 anos.


Vlad III, Drácula (1431-1476) - Foi um príncepe que governou a Valáquia, na actual Roménia e que ficou conhecido pelos seus metódos crueis de punição - empalando os seus inimigos em paus e deixando-os a morrer assim. Era conhecido como Drácula, que significa filho de Dracul. O seu pai era Vlad Dracul. Dracul em romeno significa demónio. Nele foi inspirada a personagem de ficção: Conde Drácula.




Reflexão

A  Idade Média é, também, conhecida por Idade da Trevas. Claramente, por ter havido um retrocesso da prósperidade e avanço das Grandes Civilizações, da Antiguidade, para o regresso à pacata vida do campo, em aldeias isoladas, com a agricultura como principal actividade.

Como se tudo o que foi desenvolvido e aprendido tivesse sido  esquecido durante este período. Como se voltássemos atrás, ao período do Neolitico.

É um periodo de muita doença, pobreza e fome, em que, durante muitos séculos, quase toda a população é analfabeta. Só o clero e a nobreza tinham acesso ao ensino. Os livros eram muito caros, para a maioria, pois eram escritos à mão. Só se tornaram acessiveis, no final da Idade Média, com a invenção da máquina de impressão.

Uma época muito vivida para o trabalho, para a guerra e para a religião. Claro que, também, existiu lazer na Idade Média.

Uma sociedade muito religiosa, sem liberdade artística, onde as artes são subjugadas e dominadas culturalmente pela Igreja. 

Onde o comércio deixa de ser o motor de desenvolvimento da economia e volta a um sistema de agricultura de subsistência (produção para consumo próprio).

Mas, não deixa de ser uma época de grandes acontecimentos e invenções muito importantes, que contribuíram para a actual Europa.




Glossário

Imposto(1) - Os imposto ou taxas, na Idade Média, eram pagamentos em géneros, ouro ou serviços tais como: Trabalho obrigatório na terra do senhor;  Utilização de equipamentos (lagar, moinho, fornos. etc); Pagamento de renda; Casamento; outros.

Pagos em forma de géneros(2) - Os impostos eram pagos, principalmente, em géneros: a melhor parte da sua colheita, em gado.

Meios de subsistência(3) - Recursos para satisfazer as necessidades essenciais das pessoas.

Cristianismo(4) - Teve início no século 1 na Judeia. É uma religião monoteísta (crença num único deus), baseasa na vida e ensinamentos de Jesus. 

Igreja Católica Apostólica Romana(5) - Tem a função de difundir os ensinamentos de Jesus e de guiar os crentes para a salvação. Católica  vem de Cristo, Apostólica que segue as escritas dos apóstolos  e Romana  que segue o Papa que vive em Roma, no Estado do Vaticano.

Sacramentos (6) - Os sacramentos da Igreja Católica Romana Apostólica são 7. Os mesmo hoje que eram na Idade Média. Acompanham do nascimento (baptismo) à morte (funerais realizados por padres).

  • Baptismo - Ritual de iniciação dos filhos na vida cristã.
  • Confirmação - É a confirmação do juramento feito no baptismo Renovação de votos (Crisma). 
  • Penitência -  É a confissão dos pecados ao pároco (padre) e receber a penitência (arrependimento e rezar) para absolvição dos pecados.
  • Eucaristia-  Assistir às missas com a comunidade cristã e comungar- ingerir a hóstia (Corpo de Deus), só depois da Penitência.
  • Casamento - Iniciar familia cristã. Esta união não pode ser desfeito, só com a morte de um dos cônjuges.
  • Unção dos enfermos - Na doença grave, o padre reza pela alma e unta com o óleo o doente.
  • Ordem - Fazer os votos monásticos e tornar-se um apóstolo: padre, monge, frade ou freira.


Papa(7) - É o chefe da Igreja católica com poderes absolutos e universais em qualquer assunto religioso do mundo católico. 

Península Arábica(8)  - Está localizada no sudoeste da Ásia e fazem parte os seguintes países: Arábia Saudita, Kuwait, Lemen, Omã, Catar, Emirados Árabes Unidos e Bahrain. É donde são originários os Árabes.

Islamismo(9) - Teve início no século 7, na, actual, Arábia Saudita. É uma religião monoteísta (crença em um deus), baseasa na vida e ensinamentos do profeta Maomé. Profeta é aquele que fala em nome de Deus (neste caso - Allah).

Islamizar(10) - Converter à religião islâmica.

Arabizar(11) - Difundir a língua e a cultura árabe.

Terra Santa(12) - Refere-se à Palestina, considerada como Terra Santa, pela Igreja, por ter sido onde Jesus nasceu, viveu e morreu.

Votos Monásticos(13) - Os votos monásticos são: a Obediência, a Pobreza e a Castidade (abstenção de actos sexuais). 

Neste caso, os Cavaleiros Templários teriam feito esses votos religiosos, mas não tinham os poderes de um padre para administrar os 7 sacramentos. Os Templários nunca teriam sido ordenados padres. Além, disso, os padres não podem lutar em batalhas e matar. 

Catarismos(14) - Significa Purismo em grego. Foi um movimento religioso organizado que se originou na França. Acreditavam na existência de dois deuses: o Bom e o Mau. Pregavam que o mundo material era maligno por ter sido criado pelo Deus Mau e que o mundo espiritual era bondoso por ter sido criado pelo Deus Bom. E que a alma era um anjo aprisionado no corpo humano pelo Deus mau. Condenavam o casamento e a procriação. Incitando ao suicidio e ao aborto. Foram perseguidos pela Igreja Católica, acusados de hereges e massacrados pelas Cruzadas e pela Inquisição.

Herege(15)Aquele que não seguia a fé católica ou, que de alguma forma, pecava ou tinham uma posição diferente da Igreja. Quem questionasse o poder e a autoridade da Igreja Católica. 

Latim(16) - Era a língua oficial do Antigo Império Romano e da Igreja Católica. Actualmente, é uma língua morta, pois só é usada pela Igreja Católica em rituais e documentos. Do Latim originaram-se as línguas: Italiano, Português, Espanhol, Francês e o Romeno.

Teólogo(17) - Pessoa que estuda o divino, as crenças religiosas e as práticas da fé.



Númeração Romana


Séc 1 - I                 6- VI                11 -XI          16 - XVI 

2- II                        7 - VII              12- XII            17 - XVII

3 - III                      8 - VIII             13 - XIII          18 - XVIII

4 - IV                      9 - IX               14 - XIV         19 - XIX

5- V                       10 - X               15 - XV          20 - XX

                                                                                                      21 - XXI                                                                                                            


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