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História da Europa Contemporânea- Parte II - Resumo

Passada a Pré-História, começa a História.


A História divide-se em 4 Períodos Históricos:


Principais Acontecimentos da Era Contemporânea


Séc. 18

  • Revolução Industrial
Séc 19
  • Guerras Napoleónicas - Congresso de Viena
  • Conservadorismo
  • Primavera dos Povos
  • Manifesto Comunista
  • Formação de novos Estados - Alemanha e Itália
  • Neo-imperialismo - Conferência de Berlim
  • La Belle Époque
Séc. 20
  • Primeira Guerra Mundial - Tratado de Versalhes
  • Revolução Russa - Comunismo
  • Gripe Espanhola 
  • A Grande Depressão de 1929
  • Fascismo e Nazismo
  • Segunda Guerra Mundial  
  • Criação das Nações Unidas 
  • Guerra Fria -  Desastre de Chernobyl
  • Formação da OTAN 
  • Descolonização de África, Ásia e Oceania e Neocolonialismo 
  • Criação e Expansão da União Europeia 
  • Revoluções de 1989 - Queda do Muro de Berlim 
  • Dissolução da URSS 
  • Emancipação da Mulher
  • Revolução Digital - Globalização 

Séc. 21
  • Grande Recessão 
  • Migração em massa para a Europa
  • Guerra contra o Estado Islâmico
  • Guerras Activas em 2025
  • Pandemia de COVID-19
  • Aquecimento Global


A Idade Contemporânea na Europa - Parte II 

Idade Contemporânea é o período em que vivemos. Começou nos finais do século 18 até aos dias de hoje. Portanto, está continuamente a escrever-se.



Século 20

A Gripe Espanhola

Foi uma gripe que se espalhou pelo mundo entre 1918 e 1919, e matou mais pessoas que a Primeira Guerra Mundial. Aproximadamente 50 milhões de pessoas, em todo o mundo. 

Pensa-se que poderá ter tido origem nos Estados Unidos, por terem sido lá registados os primeiros casos e a contaminação ter sido feita através dos soldados norte-americanos na Primeira Guerra Mundial.

Esta gripe teve este nome devido à forte difusão de informação na imprensa espanhola. 



A Grande Depressão de 1929

Após a Primeira Guerra Mundial, a Europa ficou destruída. Apesar dos Estados Unidos da América terem participado nesta guerra, os seus territórios nunca foram atacados e só entraram no final da guerra.

Os Estados Unidos tornam-se, portanto, no principal exportador de produtos para a Europa e principal credor, emprestando dinheiro para se reconstruírem, sem exigir condições de retorno de pagamento. 

Os EUA viviam uma fase de prosperidade. Os bancos emprestavam dinheiro a juros baixos e sem garantias de retorno, o consumo aumentavam desenfreadamente, a produção acelerava e a indústria expandia. 
Os norte-americanos viviam os loucos anos 20. Os EUA tornam-se a maior potência capitalista do mundo.

Os bancos e bolsa de valores não eram fiscalizados e regulamentados pelo governo. O mercado conduzia-se a si mesmo, mediante a procura - mercado livre.


Bancos, empresas e população investem em massa, em acções(1) destas indústrias que prosperavam e as suas acções valorizavam. 

Entretanto, as indústrias continuaram a superprodução ultrapassado a procura. O que levou a uma grande acumulação de produtos, grandes prejuízos e desemprego. O consumo baixa, a população deixa de conseguir pagar os seus créditos aos bancos.
Os bancos fazem, então, mais empréstimos para tentar salvar as indústrias.

O valor das acções, no entanto, continua a subir a um nível insustentável. Não representando o seu valor real.
Os investidores nervosos começam a vender em massa estas acções sobrevalorizadas. 

A Bolsa de Valores de Wall Street, em Nova Iorque, colapsa a 24 de Outubro de 1929, ficando conhecido como a Black Thursday - Quinta-feira Negra. Levando as acções a desvalorizar e o seu valor a cair a pique. 
O pânico instala-se e mais investidores apressam-se a vender as suas acções.  As acções passam a não valer nada. Milhões de pessoas ficam endividadas por terem comprado as acções com dinheiro emprestado e outras perdem todas as suas poupanças.


Bancos e empresas abrem falência, massas de população ficam desempregadas e em pobreza.

A economia americana colapsa, arrastando consigo a economia mundial e levando ao caos económico e social. 

Iniciam-se 12 anos de uma grave crise económica que assolaria o mundo capitalista.

Os EUA deixam de emprestar dinheiro aos países europeus e pedem a devolução dos empréstimos feitos, o que agrava a situação económica europeia. Gerando manifestações e revoltas sociais, que levariam à criação de governos de extrema-direita e provocariam a Segunda Guerra Mundial.

 A Rússia não é muito afectada porque tinha uma economia fechada.




Fascismo

O fascismo é uma ditadura militar que surge no pós-Primeira Guerra Mundial, como reacção:
  • à grave crise económica e social, 
  • à desmobilização massiva de soldados (Tratado de Versalhes), 
  • à ideia de que a democracia era ineficaz e propícia à desordem, 
  • e ao receio que o comunismo pudesse tomar o poder e da possível ameaça Soviética.  

Numa altura de crise económica, greves, revoluções e guerras civis em Itália, Benito Mussolini funda, em 1919, o Partido Nacional Fascista, cuja ideologia promovia o nacionalismo fanático, a superioridade da nação e da raça, a expansão territorial, o racismo, a xenofobia, o ultraconservadorismo e a união do povo. 

A sua liderança carismática, a propaganda e discursos eloquentes de ódio, inflamam multidões e levam à idolatria de Mussolini.

Em 1922, Mussolini toma o poder da Itália depois de organizar uma marcha militar sobre Roma, para mostrar a sua força militar e obrigar o rei Vítor Emanuel III a nomeá-lo Primeiro-ministro. 

Entretanto, o Duce Mussolini alia-se a Hittler, levando a Itália a entrar na Segunda Guerra Mundial.

O Nazismo alemão foi inspirado no fascismo. Outras nações aderiram ao fascismo:
  • Portugal (Salazar), 
  • Espanha(Franco), 
  • Áustria (Engelbert Dollfuss e Kurt Schuschnigg), 
  • Grécia(Ioannis Metaxas), 
  • Roménia(Ion Antonescu), 
  • outros.

Fascismo em Portugal
Portugal viveu 40 anos de ditadura de inspiração fascista, mas não se poderá considerar ter sido um regime fascista,  apesar de ter tido uma policia política repressiva (PIDE). 

O ideal do nacionalismo português era o Portugal "orgulhosamente sós", conservador, tradicional e rural - "Deus, Pátria e Família".

Terminou, em 1974, com um golpe de Estado militar pacifico.


Fascismo em Espanha
Em Espanha, em 1936, o general Francisco Franco lidera um golpe de Estado mal sucedido que desencadearia a Guerra Civil Espanhola. Estima-se que tenham morrido mais de meio milhão de espanhóis.

A 1 de Abril de 1939, os rebeldes nacionalistas, apoiados militarmente pela Itália e Alemanha, vencem o governo republicano e Franco instala uma ditadura fascista, que duraria até à sua morte, em 1975 (36 anos).

As potências fascistas europeias utilizaram esta guerra como treino para o futuro conflito mundial. Testaram armas e experimentaram tácticas de guerra.



Nazismo

Após perder a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha fica territorialmente e economicamente destruída. Afectada pela crise de 1929, é, ainda, obrigada, pelas severas medidas impostas pelo Tratado de Versalhes, a pagar elevadas indemnizações de guerra aos Aliados, a abdicar de territórios na Europa, a reduzir o exército e a abandonar as colónias. 
A população alemã revoltada e ressentida exige mudanças. O que facilitou a ascensão do partido nacionalista.

Surge, em 1919, o partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães - partido Nazi, liderado por Adolf Hittler, que culpava o  governo, os judeus e os comunistas e promete reerguer a nação e recuperar a dignidade alemã.

O objectivo principal do Partido Nazista era formar uma grande nação composta por uma única raça - a ariana - considerada superior. Eliminando ou subjugando as demais raças, consideradas inferiores (judeus, eslavos, ciganos e todos os povos não-germânicos).

A situação económica piora com a crise de 1929 e o Partido Nazi começa a ser apoiado massivamente pelo povo.
Mediante a pressão social, o Presidente alemão nomeia Adolf Hittler Chanceler(Primeiro-ministro) da Alemanha. 

Após a morte do presidente Hindenbur, Hittler proclama-se Fuher(líder) do Terceiro Reino(2). Dando inicio aos seus planos de "limpar" e reerguer a Alemanha - começa a Segunda Guerra Mundial. 





A Segunda Guerra Mundial

Invasão da Polónia (imagem wikimedia commons)



A Segunda Guerra Mundial foi um conflito militar mundial que dividiu a maioria das nações do mundo em duas alianças militares opostas: os Aliados e as forças do Eixo. Estando no comando, as superpotências económicas e militares da época.

Destacando-se das forças Axis ou Eixo (Pacto Tripartito de 1940): 
  • a Alemanha nazi (1939), 
  • a Itália fascista (1940),
  • e o Japão imperialista (1940).
dos Aliados:
  • o Reino Unido(1939), 
  • a França (1939), 
  • a União Soviética (1941),
  • e os Estados Unidos (1941).

Esta guerra aconteceu entre 1939 e 1945 e foi combatida em várias frentes, que tiveram lugar, principalmente, nos territórios da Europa, no norte de África, na Ásia oriental, no oceano Pacífico e no Atlântico. 


Na Primeira Fase da guerra, a Alemanha soma vitórias e expande-se rapidamente (1939-1941).

Com o objectivo de vingar a Alemanha da humilhação do Tratado de Versalhes e dominar a Europa, a Alemanha Nazi, liderada por Adolf Hittler, inicia a guerra, a 1 de Setembro de 1939, invadindo a Polónia, para recuperar o território que havia perdido depois da Primeira Guerra Mundial, quando a Polónia se tornou independente, pela Tratado de Versalhes.

Como resposta, o Reino Unido e a França declaram guerra à Alemanha, a 3 de Setembro de 1939.

A União Soviética não interfere, pois Estaline havia assinado um pacto de não-agressão mutua com Hittler, em 1939. Onde acordaram, também, dividir a Polónia.  E assim fizeram.

A Wehrmacht(3) bem treinada, disciplinada e armada com tecnologia avançada,  invade: a Polónia(1939), a Bélgica (1939), os Países Baixos (1939), o Luxemburgo, a Noruega (1940), a Dinamarca(1940), a França(1940), a Jugoslávia(1941) e Grécia(1941). 

A Alemanha nazi já havia anexado a Áustria e a Checoslováquia, em 1938.

No norte de África, toma a Líbia dos britânicos (1941) e a Tunísia (1942).

A Alemanha tentou invadir várias vezes a Inglaterra, através de ataques aéreos, mas sem sucesso.

Em Novembro de 1940, Hittler persuade a Eslováquia, Hungria e Roménia a juntarem-se aos Axis. A Bulgária junta-se, depois, em Março de 1941. E a Croácia em Junho de 1941.

Depois da União Soviética invadir a Finlândia em 1939, esta une-se, também, à Alemanha contra a União Soviética, em 1941.

O Japão já tinha ocupado uma região da China(Manchuria), em 1931, e estava em  guerra com a China desde 1937. 
Em 1940, ocupa no Sudeste asiático: a Indochina francesa (Vietname, Laos e Camboja) e Malásia, em 1941. No Pacifico, invade, em 1941, as Filipinas, o Guam, a ilha Wake, entre outros outros.


A Segunda Fase da guerra é marcada pela entrada da URSS e dos EUA no conflito, que mudariam o rumo da guerra (1941-1943).

A Alemanha inicia a invasão à União Soviética, em Junho de 1941, traindo o Pacto de não-agressão e abrindo uma nova frente de guerra, agora com a URSS.

Em Dezembro de 1941, o Japão ataca bases militares americanas, holandesas e britânicas no Pacifico. Abrindo outra frente de guerra, agora com os EUA.

As forças do Eixo começam a perder batalhas. 

Depois de capturar a Ucrânia (1941) e Estalinegrado(1942), o exército alemão rende-se na Batalha de Estalinegrado, em 1943.

Os Estados Unidos derrotam o Japão, na Batalha naval de Midway, no Pacifico, em 1942.

No norte de África, as tropas alemãs e italianas são derrotadas na Batalha de El Alamein(Egipto) pelos britânicos. Travando o avanço do Eixo, no norte de África.


Na Terceira fase da guerra (1943-1945) os Aliados vão vencendo batalhas até à  vitória.

Em 1943, o exército aliado invade a Itália e em Junho de 1944 tomam Roma. 

Dois dias depois da tomada de Roma, a 6 de Junho, milhares de soldados aliados desembarcam na costa da Normandia, na França. Depois de simular que o desembarque seria em Pas-de-Calais, enganando a Alemanha.

O Dia D(4) é decisivo para a vitória dos Aliados na guerra e a libertação da Europa ocidental.

Os alemães tentam una última contra-ofensiva nas Ardenas, em Dezembro de 1944, mas são derrotados, em Janeiro de 1945. 

Os exércitos aliados avançam por território alemão e, quando as tropas soviéticas chegam a Berlim, Adolf Hittler é informado da derrota eminente e suicida-se no seu bunker (abrigo subterrâneo), em Berlim, a 30 de Abril de 1945. O Nazismo chega ao fim com a derrota da Alemanha.

Mussolini é capturado 2 dias antes, a 28 de Abril de 1945 e fuzilado pela Resistência Italiana, opositores do Fascismo.

O Japão rende-se incondicionalmente, depois dos Estados Unidos lançarem duas bombas atómicas em Hiroshima e Nagasaki, a 6 e 9 de Agosto de 1945.

É usada pela primeira vez a bomba nuclear, despedaçando e queimando 110. 000 japoneses. Muitos dos sobreviventes sucumbiram depois, excedendo as 214.000 vitimas.

A 22 de Janeiro de 2021, entraria em vigor o Tratado de Proibição de Armas Nucleares, da ONU, mas nem os EUA, nem o Japão assinaram.

No pós-guerra, o  Japão é ocupado 7 anos, pelos EUA ,entre 1945 e 1952, com o propósito de ser desmilitarizado e democratizado. Em 1952, o Japão recupera, finalmente, a sua independência, mas perde todas as suas colónias e territórios conquistados durante a guerra.

A Alemanha, também, é ocupada pelos aliados com o mesmo propósito. Mas vê-se envolvida na Guerra Fria e só voltaria a ser independente 45 anos depois.

A Segunda Guerra Mundial foi, ainda, mais destrutiva que a Primeira Guerra Mundial. Deixando um rasto de mais de 60 milhões de mortos. Vários milhões morreram em campos de concentração de trabalho forçado e extermínio. Este foi o conflito mais mortífero da história da humanidade.

Esta guerra foi marcada, também, pela violação sexual em massa das mulheres alemãs, pelos soldados russos. 


Tratado de Paz de Paris de 1947
Foram vários tratados entre as potências aliadas e os cinco países europeus derrotados: a Alemanha, a Itália, a Hungria, a Roménia, a Bulgária e a Finlândia.

Os tratados incluíam termos de rendição e desarmamento, ajustes territoriais, elevadas indemnizações para reparações de guerra, punição de criminosos de guerra e o reconhecimento dos direitos humanos. 


Criação das Nações Unidas

A Organização das Nações Unidas(6) é criada no final da Segunda Guerra Mundial, a 24 de Outubro 1945, substituindo a Sociedade das Nações, uma vez que esta falhou o objectivo de evitar outra guerra mundial. 





A Guerra Fria

Após a Segunda Guerra Mundial os Estados Unidos e União Soviética tornam-se super potências, mas de ideias políticas diferentes.

A Guerra Fria foi a confrontação de ideologias entre o capitalista Estados Unidos e a comunista União Soviética, que começou em 1945 e terminou com o desaparecimento da URSS em 1991.

Não chegou ao conflito militar directo, mas existiu o medo real de um possível confronto nuclear.

Um dos maiores exemplos da Guerra Fria foi a divisão da Alemanha.

No final da Segunda Guerra Mundial, os principais vencedores – Inglaterra, Estados Unidos, França e União Soviética – ocupam temporariamente a Alemanha derrotada e dividem-na em 4 zonas, assim como a capital Berlim, com o objectivo de desnatizar, desmilitarizar, democratizar e garantir que não houvessem movimentos de retaliação

Mas as tensões de ideologias levam à divisão da Alemanha em duas.  
  • De um lado, a Inglaterra, Estados Unidos e França formam a República Federal da Alemanha(RFA) com um sistema económico capitalista 
  • e do outro lado a União Soviética, funda a República Democrática da Alemanha (RDA) sob um sistema comunista.



A União Soviética instala governos comunistas não só na Alemanha, mas, também, em países libertados pelo exército vermelho soviético - Roménia, Bulgária e Albânia. 
Divindindo a Europa no bloco ocidental capitalista, e no bloco oriental comunista - A Cortina de Ferro.

Os Aliados começam a aperceber-se das intenções da União Soviética de ocupar permanentemente, os países libertos, sob governos comunistas.

O que inicialmente teria o propósito democratizar os países derrotados, torna-se, agora, um confronto de ideologias políticas: entre o Capitalismo e o Comunismo.

Os EUA começam a influenciar os países libertados sob domínio soviético, através da ajuda do Plano Marshall(5). 

Os EUA e os países europeus aliados formam, em 1949,  a OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO em inglês), uma aliança militar para resistir à presença soviética na Europa.

A Guerra Fria intensifica-se quando os soviéticos iniciam em Agosto de 1961 a construção de um grande muro, que dividiu Berlim em duas partes. Evitando a fuga da população para o lado capitalista. O Muro de Berlim tornar-se-ía o símbolo da Guerra Fria


Queda do Muro de Berlim
Passados 28 anos de separação, o governo da Alemanha comunista anuncia que as fronteiras iriam abrir. Nesse mesmo dia, a 9 de Novembro de 1989, uma multidão de berlinenses começam a derrubar o muro com as suas próprias ferramentas. 

Putin, actual presidente da Rússia, era agente da KGB (serviço secreto soviético), na Alemanha soviética, quando o Muro de Berlim caiu.

11 meses depois da Queda do muro de Berlim, RFA e RDA unificariam-se a 3 de Outubro de 1990 e a Alemanha recuperaria a sua independência.

Guerras da Guerra Fria
Esta medição de forças entre EUA e URSS viu-se reflectida em guerras como a do Vietname (1964-1975), em que os EUA apoiavam militarmente o Vietname do sul e a União Soviética o Vietname comunista do norte, com suporte económico e armamento. As tropas americanas são derrotadas e o Vietnam do sul é unificado ao Norte, em 1976, sob governo comunista.

O mesmo aconteceu com a Coreia, mas nunca voltou a unificar-se até hoje. Permanecendo 2 coreias separadas e inimigas, a capitalista Coreia do Sul e a comunista Coreia do Norte.

Guerra Espacial
Esta disputa não foi só em terra, mas também uma corrida espacial à lua. 
Depois da União Soviética enviar o primeiro homem ao espaço, Yuri Gagarin, em 1961, o então, presidente dos EUA, John F. Kennedy promete que os norte-americanos aterrariam na lua, antes da década de 60 terminar. 
Assim foi. A 20 de Julho de 1969, três astronautas da NASA(6) supostamente, chegariam à Lua, pela primeira vez na história e Neil Armstrong seria o primeiro homem a pisar a lua. 


Fim da Guerra Fria

A 25 de dezembro de 1991, o presidente soviético Mikhail Gorbachev renuncia o seu cargo, concorda em terminar com 40 anos de Guerra Fria e dissolve a União Soviética

Marcando, assim, o fim do socialismo na Rússia e em 14 países de leste europeu e da Ásiaque se tornariam independentes: 

  1. Ucrânia, 
  2. Bielorússia, 
  3. Uzbequistão,
  4. Cazaquistão, 
  5. Geórgia, 
  6. Azerbaijão, 
  7. Lituânia,
  8. Estónia, 
  9. Moldávia, 
  10. Letónia,
  11. Quirguistão, 
  12. Tajiquistão, 
  13. Arménia 
  14. Turcomenistão.


O fim da União Soviética estará relacionado com:

  • A morte de Estaline;
  • A economia em falência - os  gastos com o financiamento espacial, o armamento, o financiamento de outras guerras entre a União Soviética e os Estados Unidos, que começou no final dos anos 1950;
  • Os bens de consumo eram escassos e a inflação disparou;
  • O Desastre de Chernobyl;
  • Descontentamento da população com o governo de Gorbachev.

Com o fim da Guerra Fia, o capitalismo consolida-se como sistema económico mundial.


O Desastre de Chernobyl
Foi a explosão de um reactor, da central nuclear, na zona de Chernobyl, na Ucrânia soviética, a 26 de Abril de 1986. 

Aconteceu durante um teste de rotina, em que a situação se descontrolou e resultou numa explosão que libertou grandes quantidades de radiação para a atmosfera. Que os ventos levariam para toda a Europa, expondo milhões de pessoas a perigosos níveis de radiação. A Ucrânia, a Rússia, e a Bielorússia foram os países mais afectados.

O presidente soviético Mihael Gorbachev em vez de informar de imediato a comunidade internacional, tentou resolver a situação internamente. 

Só depois da central nuclear sueca registar níveis de radiação anormalmente elevados, expôr publicamente e exigir explicações, é que Gorbachev, finalmente, admite o acidente nuclear, no dia 28.

O núcleo do reactor foi coberto e isolado por ferro e cimento. Dois técnicos morreram de imediato com a explosão, 28 bombeiros e trabalhadores das limpezas radioactivas morreram nos 3 meses seguintes, devido à elevada exposição radioactiva. 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que o número total de mortes pode chegar aos 9.000, considerando populações mais afastadas expostas a níveis mais baixos de radiação.

Décadas depois, Gorbachev chamaria Chernobyl de “Talvez a verdadeira causa do colapso da União Soviética cinco anos depois”.

A Ucrânia estima que esta zona não será segura para habitação durante os próximos 20,000 anos.



Descolonização de África, Ásia e Oceânia 

Após revoluções sangrentas ou acordos com os países colonos, as colónias conseguem a sua independência dos países colonizadores. A descolonização é feita entre e 1947 e 1981.

Vários factores levaram à Descolonização

  • A guerra enfraqueceu as potências europeias, dificultando-lhes o controlo sobre as colónias.
  • Depois do final da Segunda Guerra Mundial, a ONU pressiona os países europeus para acabar com a colonização.
  • Durante a Guerra Fria, a disputa pela prevalência da ideologia capitalista dos EUA e comunista da URSS influenciam as colónias e financiam revoltas contra os colonos.
  • Movimentos nacionalistas crescem nos países colonizados.
  • A exposição mediática do Apartheid na África do Sul.
  • Mudanças de atitudes globais em relação ao colonialismo.


Neocolonialismo - séc. 19 (1960)

No entanto, depois da descolonização, a situação manteve-se na maioria das ex-colónias, principalmente na África, Ásia e Oceânia

Os países ex-colonizadores deixam de controlar directamente, mas passam a controlar indirectamente, através das grandes empresas comprando matérias-primas a preços muito baixos, vendendo os seus produtos e corrompendo os governos (subornos de dinheiro). 

Continuando, assim, a controlar a política interna, a explorar a economia e a influenciar fortemente a cultura de países menos desenvolvidos, com a venda massiva dos seus produtos ocidentais.

As ex-colónias tornam-se independentes, mas só na teoria. Pois, continuam a viver em situação de dependência dos ex-colonos e de outras grandes potências.

Os principais países dominadores foram: Grã-Bretanha, França, Espanha, Portugal, Itália, Bélgica, Países Baixos, Dinamarca, Estados Unidos, Suécia, Império Áustro-Húngaro e Império Otomano.

Alguns países de África ainda continuam, actualmente, sob dominação, principalmente, de potências europeias, e muitos países da América central e do sul estão sob domínio dos Estados Unidos.



Criação da União Europeia

A França, Alemanha Ocidental, Itália, Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo  unem-se para se reconstruírem da guerra, adoptando o plano Schuman(sugerido pelo Ministro das Relações Exteriores da França, Robert Schuman), em 1951, 

Assim, formam a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) - que foi o primeiro passo para garantir uma paz duradoura e iniciar uma nova Era de cooperação cada vez mais estreita na Europa.

Para incentivar o crescimento económico, formam, também, a Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1957, que abole as tarifas alfandegárias e facilita o transporte de pessoas e mercadorias entre estados-membros (mercado comum europeu).

Em 1967, a CECA e a CEE unem-se e passam a chamar-se Comunidade Europeia (CE). 

Em 1993, é substituída pela União Europeia (UE). E a 1 de Janeiro de 1999, a Europa passou a usar uma moeda única europeia - o Euro. 

Dos 43 países europeus, 28  aderiram à UE. O Reino Unido deixa a UE a 31 de Janeiro de 2020. Perfazendo 27 países membros.


Emancipação da Mulher(7)

"Na Idade Media, a mulher era considerada um ser inferior e subordinado ao homem. Não tinha acesso à educação, nem ao mundo laboral. A sua única função era ser esposa e mãe.

Com o Renascimento, algumas mulheres da nobreza ou burguesia puderam ter acesso à educação e à cultura, mas continuavam sendo marginalizadas pela sociedade.

No século 19, com a chegada da Revolução Industrial, começaram a aceitar mulheres para trabalhar em fábricas, principalmente têxteis. Mas recebiam um salário inferior ao dos homens. 

A falta de trabalhadores causada pelas guerras e gripe espanhola permitiu que cada vez mais mulheres trabalhassem nas fabricas para substituir as baixas masculinas. Conseguindo que a produção não parasse e a economia não fosse abaixo.

Em países mais rurais como Portugal Espanha e Itália as mulheres, também, começaram a trabalhar, mas mais nos campos.

A finais do século 19 e inicio de 20, surgiu um movimento feminista que lutou pela igualdade de direitos entre homens e mulheres. Conquistando o direito ao voto e a igualdade de acesso à educação e ao mundo laboral.

No entanto, no mundo do trabalho, as mulheres continuavam a receber salários mais baixos e a ser excluídas de cargos de poder e autoridade.

"Uma excepção notável foi a URSS (1917- 1991), onde existia igualdade de género na educação e no mundo laboral. Em 1970, 40% das mulheres eram magistradas, a maioria dos engenheiros eram mulheres (58%) e 76% dos profissionais de saúde eram mulheres.

Estes números só foram alcançados por alguns países europeus no início do século 21."

Em 1906, a Finlândia é o primeiro pais do mundo a autorizar as mulheres a votar e a candidatarem-se a cargos políticos.

A União Europeia têm lutado ao longo dos anos pela igualdade de direitos entre homens e mulheres europeus nos seus países membros.

  • O Tratado de Roma de 1957, reconhece a importância da igualdade entre homens e mulheres.
  • O Concelho europeu pede a aplicação do salário igual para mulheres e homens, em 1975.
  • O Parlamento europeu elege pela primeira vez uma mulher como presidente - Simone Veil.
  • Em 2000, a União Europeia adiciona aos direitos fundamentais humanos que a igualdade entre homens e mulheres devem ser assegurada em todas as áreas.

Já as Nações Unidas têm lutado pela igualdade de género a nível mundial. 

A mulher começa, finalmente, a fazer parte, de facto, da vida social, económica e política do seu país.



Globalização - Aldeia Global

O comércio e a tecnologia tornaram o mundo num lugar mais conectado e interdependente económica e culturalmente - globalizado.

Este processo começou desde que o comércio começou a ser feito com outros povos e intensificou-se após o triunfo do capitalismo com o final da Guerra Fria.

A globalização acelerou com o rápido avanço tecnológico na comunicação e informática e a invenção da internet.

Vantagens

  • Acesso a informação de todo o mundo instantaneamente.
  • Acesso a mais variedade de produtos no mercado para escolher aos melhores preços.
  • Intercâmbio cultural entre nações.

Desvantagens

  • O sucesso ou fracasso económico num país pode ser sentido em todas as principais economias do mundo.
  • Competição desleal entre países em desenvolvimento e países desenvolvidos.
  • Concentração de riqueza, visto que maior parte do lucro das empresas internacionais destina-se aos países desenvolvidos.
  • Aumento do desemprego. A automação da produção permitiu que máquinas assumissem postos de trabalho que antes eram executados pelos humanos.
  • Exploração de mão-de-obra barata e de matéria-prima nos países em desenvolvimento.
  • Descaracterização de costumes culturais. A predominância, por exemplo de: filmes e músicas produzidos pelos gigantes da indústria norte-americana exercem uma grande influência cultural na maioria dos países do mundo.
  • Aumento do risco de transmissão de doenças.


Revolução Digital

A revolução digital transformou a sociedade através dos avanços na tecnologia e na comunicação.

Invenção dos Computadores: O desenvolvimento dos primeiros computadores em meados do século 20 lançou as bases para a tecnologia digital.

Expansão da Internet: A ascensão da internet na década de 1990 ligou as pessoas a nível global, permitindo a partilha de informação e a comunicação.

Tecnologia Móvel: A introdução dos smartphones na década de 2000 tornou o acesso digital portátil e omnipresente.

Redes Sociais e Computação em Nuvem: Plataformas como o Facebook e serviços como o Google Drive revolucionaram a forma como as pessoas interagem e armazenam informação.

Impacto na Sociedade
Mudanças Económicas: Surgiram novos sectores e as empresas tradicionais adaptaram-se aos modelos digitais.

Mudanças Culturais: O acesso à informação e a conectividade social mudaram a forma como as pessoas comunicam, relacionam e consomem media.

Educação e Trabalho: Surgiram novas profissões, a aprendizagem online e o trabalho remoto tornaram-se uma nova realidade. Desenvolvimento da Informática (computador, software).


Cultura de Massas
Aconteceu com o surgimento dos primeiros meios de comunicação de massa: o jornal, o rádio  o cinema e, posteriormente, a televisão e a Internet.

Com a Revolução industrial, os produtos começam a ser produzidos em massa. 
Os empresários começam a utilizar os meios de comunicação para dar a conhecer os seus produtos e estimular o consumidor a comprar. Nasce a publicidade. Que manipula as sociedades de consumo, padronizando ideias, hábitos e comportamentos, como por exemplo: a popularização do fast-food, da música comercial, dos da reality shows, fast-fashion, etc.. Resultando na padronização cultural e na perda da diversidade, em prol do lucro fácil das grandes marcas.


A Grande Recessão de 2007 a 2009

Foi uma forte diminuição da actividade económica a nível mundial que teve origem, no mercado imobiliário dos EUA, espalhando-se por diversos países do mundo.

Os bancos norte-americanos começam a oferecer mais créditos, aumentando o crédito imobiliário e atraindo os consumidores, o que causou o aumento do preço das casas. 

 A consequência foi uma bolha imobiliária, pois os bancos financiavam imóveis a um preço muito acima do que realmente valiam. 

Como muitos destes empréstimos foram de alto risco, (feito a pessoas com baixa capacidade de pagamento), muita gente não conseguiu pagá-los quando os bancos aumentaram a taxa de juros dos empréstimos. Os bancos ficam descapitalizados (sem dinheiro), dando inicio à crise.

A 15 de Setembro de 2008, um dos mais sólidos bancos norte-americanos, o Lehman Brothers, decretou falência. Seguiu-se uma enorme queda das bolsas mundiais, arrastando a economia mundial para uma das mais severas crises económicas que o mundo já conheceu.


Guerra contra o Estado Islâmico

O Estado Islâmico (EI) é um grupo militar muçulmano sunita extremista, fundado no Iraque, em 2004. Também, é conhecido como ISIS (Estado Islâmico do Iraque e Síria), ISIL (Estado Islâmico do Iraque e do Levante), ou pela sigla em árabe, Daesh.

O objectivo deste grupo organizado é criar um califado (Estado Islâmico) governado rigorosamente segundo a lei islâmica (lei Sharia), inicialmente no Iraque e na Síria e expandir globalmente. 
O EI lança a sua campanha, apelando à união dos muçulmanos sunitas e atraindo milhares de combatentes em todo o mundo, para a sua causa.

Este grupo militar invade e toma violentamente grandes áreas da Síria e Iraque, em  2014 e declara a fundação do Estado Islâmico,  tendo como líder Abu Omar Al Baghdadi.

O avanço dos rebeldes causou reacção internacional, os EUA lideram uma coligação de países que realiza ataques aéreos contra o EI e apoiam as tropas iraquianas e sírias que combatem os militantes.

Em Novembro de 2014 o líder do Estado Islâmico, anunciou o estabelecimento de oito novos califados: na Líbia, Egipto, Yemen, Arábia Saudita e Argélia. Das oito novas províncias, apenas as três na Líbia controlam territórios com sucesso.

Em Janeiro, o Estado Islâmico formou uma nova província na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão e outra nova na região do Cáucaso do Norte, na Rússia.

Entretanto, membros do Estado Islâmico e apoiantes têm feitos ataques terroristas a cidades europeias: na França, Espanha, Reino Unido, Bélgica, Alemanha, outros.

No entanto, no final de 2017, o EI perdeu grande parte do seu território no Iraque e na Síria, e o Iraque declarou vitória, em Dezembro.

O grupo militar Forças Democráticas da Síria(FDS) continuaram a sua ofensiva e, em Março de 2019, os combatentes do ISIS renderam-se em massa. 

A 26 de Outubro de 2019, o líder foi morto, num ataque norte-americano, no norte da Síria.

O ISIS ou Estado Islâmico continua a inspirar movimentos extremistas em todo o mundo, principalmente na África.


Guerras Activas em 2025


Guerras no Médio Oriente

Guerra civil da Síria: A guerra civil iniciou-se com protestos contra o governo dinástico de Bashar al-Assad, a 15 de Março de 2011, na sequência das manifestações da Primavera Árabe(7) exigindo governos democráticos.

Entretanto, a 14 de Janeiro de 2024, outro grupo armado reclama o poder da Síria - o Estado Islâmico. Conquistando territórios na Síria. Outros países envolvem-se na guerra:
  • O Irão e a Rússia entram, na guerra, a apoiar Assad(o governo); 
  • os EUA entram a apoiar as forças curdas contra contra o EI;  
  • a França e Reino Unido fazem ataques aéreos contra o EI; 
  • a Turquia, a Arabia Saudita e Israel, também, interferem, mas a atacar o governo sírio.
Assad cercado por rebeldes, fugiu com a família, a 8 de Dezembro de 2014. Pensa-se que está na Rússia. No entanto, esta guerra que já dura à mais de 14 anos, continua. E já fez quase meio milhão de mortos. 
Ao longo da guerra, surgiram várias milícias rebeldes, e embora todas procurassem afastar Assad, todas têm ideias diferentes para a governação da Síria. Mesmo assim, a guerra acabaria por chegar ao fim, por falta de militares ou armamento, mas enquanto os  países estrangeiros continuarem a alimenta-la: atacando e a apoiando militar e financeira, esta guerra vai continuar.  Pois, cada país tem os seus próprios interesses na Síria.


Guerra civil no Yemen: Teve inicio em 2014 quando o rebeldes Huties protestaram contra o governo do Yemen e tomaram o palácio da presidência, na capital. A Arábia Saudita interferiu, apoiando o governo e o Irão apoiando os Huties. Entretanto, entra a Al Qaeda na guerra, também, pelo poder do Yemen. 

Os Huties lançaram mísseis a Israel e têm atacado embarcações comerciais israelitas, no Mar Vermelho, apoiando o Hamas e os Palestinianos, na guerra, em Gaza.  Os EUA e Reino unido interferiram atacando os Huties. 
Já morrerem 300.000 pessoas e 20 milhões de yemenitas estão morrendo à fome.


Guerra Israel - Palestina: Este conflito já vem acontecendo desde 1948. Tudo começou quando a  Palestina estava sob domínio do Reino Unido, e este deu uma parte da Palestina aos Judeus, em 1917, para estabelecerem o Estado judaico (Declaração de Balfour). Expulsando milhares de palestinianos das suas casas e da sua terra. 

No entanto, os judeus continuam a tomar mais território, massacrando palestinianos. O Reino Unido, nesta altura, deixa de querer administrar a Palestina. No final da guerra, os judeus já tinham tomado 78% do território e declaram o Estado de Israel. A Jordânia anexa a Cisjordania e o Egipto a Faixa de Gaza. 

A 14 de Maio de 1948, os países árabes vizinhos tentam recuperar a Palestina (guerra árabe-israelita), mas sem sucesso.

Desde essa altura que Israel tem vindo a tomar território de Gaza e a controlar a população. Entretanto, forma-se um grupo de rebeldes armados palestinianos, os Hamas, que a  7 de Outubro de 2023, invadem um festival em Israel, matam 1200 pessoas e fazem 250 reféns. Intensificando, assim, a guerra com Israel. Desde, então, já morreram 45.000 palestinianos, em Gaza, vitimas dos bombardeamentos diários de Israel. E milhões estão morrendo à fome, pelo bloqueio de ajuda humanitária, de Israel. 

Mais uma vez, países árabes e muçulmanos vem em auxilio da Palestina: o Líbano, o Yemen e o Irão. 
O Reino Unido e, principalmente, os EUA, que estão constantemente a envolverem-se nas guerras do Médio Oriente, também, entram, mas para apoiar Israel.

Guerras na África

Guerra civil no Burkina Faso: Desde 2016, onde as forças militares governamentais se confrontam com violentos grupos armados, como o Estado Islâmico e um braço da Al-Qaeda chamado Ansarul Islam. 20.000 pessoas morreram.

Guerra civil da Somália - A guerra civil tem vido a acontecer desde 1991, mas escalou desde 2009, quando o Al-Shabaab - grupo rebelde extremista muçulmano está tentado tomar o poder. Estima-se que entre 300.000 a 1 milhão de pessoas tenham morrido, desde o inicio da guerra. 
Este grupo esta também a atacar regiões de  Moçambique, desde 2017.

Guerra civil do Sudão -  Após 2 anos de guerra civil (2003), pelo poder entre o exército e um grupo paramilitar, as Forças de Apoio Rápido (RDF), mais de 150.000 pessoas morreram, 12 milhões desalojadas e metade da população (25 milhões)  está morrendo à fome.  

Guerras Civis de Nigéria, Camarões, Niger e Chade - O grupo extremista islâmico Boko Haram iniciou guerras civis  desde 2009, para derrubar os governos e estabelecer Estados islâmicos. Só na Nigéria já morreram 350.000 pessoas e  2.5 milhões estão desalojas e morrendo à fome.

Guerra civil do Mali - A coligação militante islâmica Jama'at Nusrat al Islam wal Muslimeen (JNIM) tem atacado o Mali, desde 2012,  com a intenção de instaurar um regime sunista islâmico. Têm atacado também o Benim, Togo, Burkina Faso, Niger e a certa altura a Costa do Marfim. Milhares de pessoas têm morrido.

Guerra civil da República Democrática do Congo (RDC) - A RDC enfrenta uma crise complexa com o ressurgimento do grupo rebelde Movimento 23 de Março (M23), apoiado pela Ruanda, em Janeiro de 2025 e a escalada dos ataques do grupo extremista Estado Islâmico da Província África Central (ISCAP), desde 2017. Pelo menos 13.000 pessoas morreram.

Guerra civil na Etiópia - A tensão entre os partidos políticos em conflito na Etiópia escalou uma violenta guerra civil em Novembro de 2020. A Eritreia, também, enviou tropas para o conflito. A violência alastrou aos países vizinhos, como a Somália.  Mais de 9.000 vítimas documentadas (embora algumas fontes estimem mais de 50.000) até Setembro de 2021.


Guerras na Ásia

Guerra civil de MyanmarO conflito entre as várias facções étnicas em Myanmar começou em 1948, ano em que o país conquistou a independência do Reino Unido, e tem-se mantido em diferentes graus desde então, fazendo desta a guerra civil mais longa do mundo.  Um golpe militar em Fevereiro de 2021 levou a protestos, à formação de grupos de resistência pró-democracia e à escalada da violência. Cerca de 30.000 pessoas morreram.

Guerra civil do Afeganistão - A guerra no Afeganistão tem decorrido de forma intermitente desde 1978. A fase mais recente começou em 2001 e envolveu, principalmente, os EUA e as tropas afegãs aliadas no combate aos insurgentes talibãs. 
Com a derrota e retirada do EUA, em 2021, os talibãs retomaram imediatamente o controlo do país e a guerra entre os talibãs e outras facções, incluindo o ISIL-K continua. 


Guerras na América do Sul

Na Colombia - Guerra civil/ Guerra de droga  (16 de Janeiro de 2025)
México - Guerra da droga


Guerras na Europa

Rússia - Ucrânia: Depois de meses de acumulação de tropas russas nas fronteiras da Ucrânia, a Rússia invade a Ucrânia a 24 de Fevereiro de 2022, intensificando um conflito que se vinha alastrando desde a anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia em 2014. Esta guerra já vitimou mais de 100.000 pessoas e têm destruindo a Ucrânia.
A preocupação da Rússia parece ser a candidatura da Ucrânia à NATO e a expansão da Nato na Europa. Esta união, possivelmente, traria mais bases militares norte-americanas cada vez mais próximas das suas fronteiras. Além, disso, Putin não parece aceitar a independência da ex-soviética Ucrânia e considera uma traição esta candidatura.

Putin ameaça lançar mísseis nucleares contra qualquer país aliado da NATO que ajude a Ucrânia a repelir os invasores russos. E alerta, ainda, que um choque directo e armado pode transformar-se numa Terceira Guerra Mundial. Estaremos à beira da Terceira Guerra Mundial? 
Mas desta vez uma guerra nuclear, que será ainda mais devastadora e mortífera que todas as guerras que já acontecerão no mundo?


Migração em massa para a Europa

O fluxo de migração para a Europa aumentou massivamente desde 2014: 

  • refugiados sírios, iraquianos e afegãos das Guerras civis; 
  • refugiados ucranianos da Guerra com a Rússia;  
  • africanos atravessando o Mediterrâneo ilegalmente, fugindo da instabilidade política e guerras de África; 
  • sul-americanos procurando melhores condições de vida e outros fugindo de governos ditatoriais (Venezuela, Colombia, Brasil);
  • indianos, bengaleses e paquistaneses com vistos comprados, através de esquemas de contratos de trabalho na agricultura.

Segunda as Nações Unidas, a 1 de Janeiro de 2024, viviam na Europa 44.7 milhões de pessoas nascidas fora da União Europeia. Cerca de 25 milhões são muçulmanos. Uma grande parte maioria na França e Alemanha.

A Europa está a envelhecer e o número de mortes supera o de nascimentos. Sem migração, a população da Europa estaria a diminuir.

Mas, infelizmente, a Europa ficou sobrecarregada com a velocidade e a grande escala de chegadas e nem todos estes imigrantes conseguem integrar-se na Europa, devido à:

  • língua diferente, 
  • cultura diferente, 
  • religião diferente,
  • falta de comprovativo de qualificações académicas

O que torna mais difícil conseguir um emprego e pode levar ao isolamento nas suas comunidades.

Vivem de subsídios do Estado, em relativa  pobreza, à margem da sociedade, o que gera criminalidade.

Problemas sociais relacionados com a migração: 

  • Aumento da criminalidade violenta;
  • Aumento de agressões violentas em via pública;
  • Baixa de salários devido à mão-de-obra barata dos migrantes;
  • Escassez de habitação;
  • Sobre-carregamento do sistema de saúde púbico;
  • Elevados custos de integração: habitação gratuita, subsídios mensais, formações para aprendizagem da língua, formação profissional, etc;
  • Outros.

Os cidadãos europeus começaram a viver com mais insegurança, o que levou ao aumento de movimentos populistas e extremistas de anti-imigração

Acontecimentos como os ataques terroristas na Europa, por parte de extremistas islâmicos, em Espanha, Reino Unido, França, Bélgica, Noruega, Áustria, Países Baixos, Alemanha, Finlândia e Suécia contribuíram para a desconfiança e indignação pública. 

Estaremos a assistir, novamente, à ascensão da extrema-direita na Europa?



Pandemia COVID- 19 - O Inimigo invisível

A pandemia de COVID-19, causada pelo coronavírus 2, de síndrome respiratória aguda grave, começou com um surto em Wuhan, na China, em Dezembro de 2019. Logo depois, espalhou-se para outras áreas da Ásia e, em seguida, para todo o mundo, no início de 2020

Centenas de milhares de pessoas em todo o planeta morreram.

,A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto como uma emergência de saúde pública de importância internacional (ESPII).

Este vírus parou o mundo. Populações de todo o mundo estiveram em confinamento obrigatório nas suas casas para evitar que o vírus se propagasse mais.

Quando era necessário sair de casa, era obrigatório o uso de máscaras e aconselhada a desinfecção constante das mãos. Houve muita gente que usou luvas descartáveis de látex.

Até que se desenvolvem vacinas e começaram a ser administradas em Dezembro de 2020.

Estabelecimentos, como restaurantes permitem, apenas, a entrada de pessoas, mediante a apresentação do documento de vacina dada.

A 5 de Maio de 2023, a OMS declara que o COVID-19 já não é uma ameaça  para la saúde pública. As pessoas voltam, finalmente, às suas vidas normais.


Aquecimento Global

As mudanças climáticas (mudanças nas temperaturas e padrões climáticos) têm acontecido naturalmente durante a existência do planeta Terra. No entanto, têm sido aceleradas pelas actividades humanas, nos últimos anos.

  • A queima de combustíveis fósseis por veículos ou indústria; 
  • O metano libertado por aterros sanitários, pela agricultura e pela pecuária; 
  • A queima de vegetação ou biomassa;
  • Estilo de vida das populações, de excesso de consumo energético, plásticos, vestuário, alimentação, electrónicos, transportes.

A maior parte da eletricidade ainda é gerada pela queima de carvão ou gás, que produz  gases de efeito estufa que cobrem o planeta e retêm o calor do Sol.

O aumento da temperatura no planeta terá várias consequências:

  • derretimento das calotas polares;
  • escassez de água; 
  • secas;
  • elevação do nível do mar; 
  • furacões mais fortes;  
  • tempestades mais intensas;
  • extinção de espécies de animais;
  • outros.

Isto é, o contínuo aumento das temperaturas irá progressivamente derreter os polares que inundarão as cidades costeiras e ilhas em todo o mundo. As altas temperaturas causarão secas: extinguirá espécies de animais, provocará escassez de água doce, destruirá agriculturas e matará gado; que causará fome, pobreza e morte de populações mundiais. 
Os oceanos estão aquecendo e o ar quente retêm mais humidade, o que é propício à formação de furacões e tempestades, que serão cada vez mais violentos e frequentes.

Além disso, a poluição do ar causa problemas de saúde graves.

A OTAN e União Europeia têm tentando que todos os países membros se comprometam a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a substituir gradualmente os combustíveis fósseis por outras fontes de energia. Senão, a próxima espécie a extinguir-se, poderá ser a humana.


Uma coisa é certa, na Idade Contemporânea - a época mais desenvolvida em que a humanidade já viveu - o nosso desenvolvimento está a matar-nos.  Estamos caminhando para a destruição do planeta e, consequentemente, de toda a vida existente na Terra.


Mais sobre a Idade Contemporânea:

Reflexão sobre a Idade Contemporânea

Idade Contemporânea - Parte I

Outros Acontecimentos que marcaram a Idade Contemporânea.

Personalidades que Marcaram a Idade Contemporânea. 



Glossário


Acções da Bolsa de Valores (1) - As acções representam pequenas fracções do capital social de uma empresa, que são negociadas na Bolsa de Valores. Ao adquirir uma dessas acções, uma pessoa torna-se sócio da empresa, ou seja, passa a obter lucros e prejuízos dessa empresa.


Terceiro Reino (2) - Hittler chamava Terceiro Reino à recém formada Alemanha para a ligar a antigos reinos, para a valorizar como nação. 

Ele considerava que o Primeiro Reich, foi o Império Sacro Romano-Germânico, que foi fundado pelo rei Oto e existiu de 962 à 1806. 

O Segundo Reino, (1871-1918), marcado pela unificação do Império Alemão, após a vitória na Guerra Franco-Prussiana, liderada pelo Primeiro Ministro da Prússia Otto von Bismarck.

O Terceiro Reino é a Alemanha Nazi, que Hitler planeava expandir.

Wehrmacht (3) - Forças militares da Alemanha nazi; exército, marinha e força aérea.

Dia D (4)- Dia do Desembarque. Os Aliados desembarcam na Normandia, a 6 de Junho de 1944, e libertam a França da Alemanha nazi.


Nações Unidas (5)  - Organização internacional constituída por quase todos os países do mundo, com o objectivo manter a paz e segurança internacional, fomentar relações amistosas entre as nações e promover a cooperação na resolução de problemas globais. 
Em 2017, o ex-primeiro ministro português António Guterres foi eleito secretário-geral da ONU.


Plano Marshall (6) - Plano de ajuda económica dos EUA, para a reconstrução dos países europeus afectados pela Segunda Guerra Mundial,  executado entre 1947 e 1951.

NASA (7) - É a agência espacial dos Estados Unidos da América, criada em 1958, no auge da Guerra Fria. A NASA terá colocado o primeiro homem na lua(1969) e têm estado a explorar Marte para perceber melhor a Terra, verificar se já existiu vida e a possibilidade de se viver neste planeta.

Emancipação da Mulher (8) - É um processo que ainda decorre em que as mulheres lutam para obter autonomia e direitos iguais culturais, legais e políticos; que lhes foi negado durante séculos por causa do género.


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