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Idade Moderna - Reflexão


Detalhe do Palácio de Versalhes, França - Imagem Pixabay


Nestes 400 anos de história moderna, o acontecimento mais importante foi a mudança de mentalidade da população. 

Desde o aparecimento da primeira autoridade na Pré-História, que as comunidades vivem subjugada ao poder e vontade de uma pessoa.

No final da Idade Moderna, finalmente, a população percebeu que só vive mal porque quem  lidera,  assim o quer. 

Quer mantê-la ignorante para ser mais facilmente manipulada, controlada e obediente.

Pois, só desta forma, quem governa consegue extorquir o pouco dinheiro que o povo recebe do seu árduo trabalho, para sustentar o seu estilo de vida luxuoso e da sua família.

Mas não é apenas o rei/governo que explora o povo. A arrogante nobreza, a gananciosa burguesia e a avarenta Igreja, também, o fazem. 

A burguesia dando más condições de trabalho, pagando salários muito baixos e muitas horas de trabalho. Para  obter o máximo lucro possível ao menor custo possível.

A nobreza para usufruir de serviços pelo menor custo possível, para poupar o seu dinheiro, a sua fortuna. 

Mesmo a avarenta Igreja, que prega o amor ao próximo, o ajudar os pobres, cobra imposto e cobra por todos os serviços religiosos aos fieis desde que nascem (baptismo) até que morrem (funeral). 
E a riquíssima Igreja católica precisa? Claro que não. Podia, perfeitamente, viver da fortuna acumulada durante séculos, das doações, das rendas de terrenos, de edifícios, de casas.

Não porque precisem de tanto dinheiro, mas para acumular riqueza.
Não importa a que custo. 
Quem tem mais mais, é quem se importa menos.
Todos parasitas dos pobres. 
Aproveitam-se do azar do povo de ter nascido pobre e de precisar de trabalhar para outros,  para sobreviver.

É a lei primitiva do mais forte. E os pobres são os fracos, os vulneráveis. Portanto, presas fáceis.

O povo já percebeu que unido, são a maioria e conseguem destronar os tiranos.
Mas, quando os burgueses bancários contemporâneos  começaram a emprestar-lhes dinheiro, contentaram-se e conformaram-se.
Caíram na ilusão do capitalismo, que lhes deu poder de compra instantâneo, mas temporário.
Sem se aperceberem que estavam a alimentar outro parasita, endividando-se.

A burguesia ambicionava os privilégios da nobreza: de elite política, o prestígio, a isenção de impostos. 
Mas o verdadeiro privilégio da nobreza é o tempo. O tempo que tem para ser.


"Pobreza não é apenas falta de dinheiro, é não ter a possibilidade de atingir o seu potencial como ser humano." - Amartya Sen


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